Garotas de programa fazem anúncio em patinetes em São Paulo
Etiquetas com nome, endereço, telefone e que aceita cartão são coladas no guidão
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Os anúncios de garotas de programas que antes ficavam nos postes e orelhões da cidade de São Paulo agora estão sendo colocados nas patinetes eletrônicas alugadas na capital.
Nesta sexta-feira (19), em Pinheiros (zona oeste), a reportagem do Agora contou dez patinetes com estas propagandas. Os anúncios são feitos em pequenas etiquetas coladas no guidão dos veículos e incluem nomes, descrições, telefones e endereços de diversas casas.
Segundo uma das garotas que utiliza o espaço para propagandas e preferiu não ser identificada, a ideia de colar as etiquetas nas patinetes surgiu com a intenção de atingir um maior público. “Antes, a gente divulgava nos orelhões, mas como eles estão sendo retirados da cidade, colar nas patinetes é mais efetivo”, diz.
Segundo ela, as etiquetas são a única forma de divulgação da casa. Cada garota do estabelecimento escreve sua própria descrição e pensa em um nome fantasia. As etiquetas também informam o telefone e endereço da casa e completam: “aceita cartão”.
Quando as informações estão prontas, são passadas para um “etiquetador”, responsável por produzir o material. Para ela, a estratégia tem sido bastante eficaz. “A gente percebe que muitas pessoas ligam aqui na casa, atrás das garotas, depois de ver o anúncio nas patinetes. Por enquanto, tem dado certo”, afirma.
Na rua, os usuários das patinetes eletrônicas perceberam os anúncios, mas dizem não se incomodar com eles. Para a diarista Vanúsia Neves, 32 anos, colar as etiquetas nos guidões é uma forma inteligente de divulgar o trabalho.
“É como uma panfleto de rua, para quem não está interessado, não vai fazer diferença. Para quem estiver, vai ser útil”, disse o estudante Wellington Lima, 19.
Limpeza
A Grow, dona das marcas de patinetes e bicicletas compartilhadas Grin e Yellow, disse em nota que lamenta que os veículos estejam sendo utilizados para divulgar propaganda de garotas de programa na região de Pinheiros (zona oeste da capital), e ressaltou que não autorizou a prática. Segundo a empresa, os adesivos encontrados nos equipamentos são retirados quando estão fora de operação para recarga e limpeza.