Pastor acusa sacerdote de calote na compra de Audi de R$ 300 mil
Suspeito e mulher também teriam não pagado parte da compra de uma Ferrari
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Um homem que se identificou como sacerdote à polícia, e sua mulher, são acusados de dar calote na compra de dois carros de luxo, juntos avaliados em mais de R$ 800 mil. Os golpes foram descobertos após uma das vítimas, um pastor de 46 anos, de uma igreja messiânica de São José dos Campos (97 km de SP), registrar um boletim de ocorrência de estelionato, segunda-feira (23), no 35º DP (Jabaquara), na zona sul da capital paulista.
Um Audi R8, 2009, e uma Ferrari F430, ano 2006, foram encontrados na casa do suspeito, em Santana de Parnaíba (Grande SP). Segundo tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o primeiro veículo está avaliado em R$ 312 mil e o segundo, em R$ 518 mil.
Segundo a denúncia da vítima, ela fechou por R$ 290 mil a venda de um Audi R8 em 10 de agosto. Uma entrada de R$ 100 mil foi paga pelo veículo e ficou acordado, ainda segundo o pastor disse à polícia, que o restante seria quitado em cinco cheques. Porém, quando a vítima foi descontar o primeiro, de R$ 30 mil, constatou que não havia fundos.
Um representante do acusado teria deixado um telefone de contato, após concretizar a compra com o pastor. Porém, a vítima afirmou à polícia que nenhum de seus telefonemas foi atendido após o carro ter sido vendido.
Pelo fato de o veículo contar com sistema de rastreamento, o pastor disse ter descoberto que o Audi estava em uma casa no bairro Parque Santana, em Santana do Parnaíba, desde o último dia 16.
Com base na denúncia, policiais foram até o endereço, onde encontraram o Audi e uma Ferrari F430. Ao verificar a origem do segundo veículo, policiais conversaram com um homem de Belo Horizonte, que afirmou ter vendido o carro a um casal e que o veículo também não teria sido quitado.
O caso foi registrado como estelionato.
O advogado Alexandre Cordeiro de Brito, que defende o casal acusado de estelionato, afirmou que o restante do pagamento da Ferrari foi realizado no fim da tarde desta terça-feira (24). Ele não quis falar o valor quitado.
Sobre a compra do Audi, o defensor afirmou que o pastor “se precipitou” acionando a polícia para cobrar o pagamento do veículo, que está registrado em nome da igreja da vítima. “A igreja foi notificada extrajudicialmente para discutir sobre as formas de pagamento do veículo. [A denúncia] foi uma precipitação, usando a polícia como meio de coação para o pagamento [do carro de luxo]”, afirmou o advogado.
Ele disse ainda que o caso deveria ser tratado na esfera civil e não na criminal.