Postos de saúde de SP ainda estão sem a vacina pentavalente
Imunização protege crianças contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecção na garganta
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
A vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilus influenza B (responsável por infecções no nariz, meninge e garganta), continua em falta em Unidades Básicas de Saúde da capital.
Na última sexta-feira (18), a reportagem do Agora procurou 20 UBSs, das quais 16 não tinham a vacina e também não souberam informar quando seria reposta. As outras quatro afirmaram ter recebido um lote dia 15 com “poucas doses”.
A pentavalente deve ser tomada aos dois, quatro e seis meses de idade. Um reforço é aplicado quando a criança está com um ano e três meses.
Na UBS do Butantã (zona oeste), foi informado que havia estoque pequeno, com distribuição só a moradores da região. Segundo funcionários de outras unidades, isso não é permitido.
O problema, segundo o governo federal, é que não há produção do insumo no país. A compra da vacina é viabilizada pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), cuja remessa foi reprovada em testes de qualidade feitos pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde) e pelo Ministério da Saúde.
Por este motivo, compras do antigo fornecedor foram interrompidas pela (OMS) Organização Mundial da Saúde, que pré-qualifica os laboratórios e precisou-se buscar outro.
Na rede particular, a vacina é aplicada pelo preço de R$ 300 a R$ 450.
Resposta
Questionada sobre a situação das UBSs (Unidades Básicas de Saúde), a Secretaria Municipal da Saúde, sob a gestão Bruno Covas (PSDB), diz que a chegada de novo lote de vacina pentavalente depende da liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A administração municipal afirma também “que as CRSs (Coordenadorias de Regiões de Saúde) estão realizando remanejamento do imunobiológico, para que haja disponibilidade da vacina na cidade”.
Já o Ministério da Saúde afirma que, de um total de 800 mil doses previstas para a distribuição nacional da pentavalente, metade (440 mil) já foi enviada no início de outubro.
Segundo o governo federal, a outra metade do lote de vacinas será enviada até o fim deste mês.
A expectativa do governo é que a partir de novembro o Ministério da Saúde consiga regularizar a distribuição aos estados.
“Quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde fará busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de idade, entre os meses de agosto e novembro, para vaciná-las”, afirma, em nota, o Ministério da Saúde.