Posto na zona leste de SP está com paredes rachadas e mofadas
Unidade Básica de Saúde no Jardim São Lucas ainda tem fios elétricos expostos e ferrugem
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O medo de acidente com a estrutura do prédio é constante na UBS (Unidade Básica de Saúde) Reunidas 1, segundo funcionários que trabalham no local, por causa de rachaduras e paredes mofadas no prédio.
Localizado na região do Parque São Lucas (zona leste), o posto, administrado pela organização social SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), tem problemas perceptíveis.
A pintura do prédio está desgastada, os muros têm diversas rachaduras e o portão de entrada está torto
e enferrujado.
Quem chega na UBS e olha na parte superior do prédio, logo acima da entrada da Casa de Parto —setor anexo para atendimento a gestantes—, pode observar um emaranhado de dezenas de fios elétricos embolados e expostos à chuva.
“Já tem pelo menos seis anos que nós avisamos a secretaria sobre os problemas que existem aqui”, diz um funcionário que pediu para não ser identificado.
No contorno do prédio há rachaduras no chão. O mesmo ocorre nos corredores internos e nas paredes. A rachadura mais aparente está no vestiário feminino destinado a funcionários. “Isto aqui está abandonado”, relatou outro funcionário do posto.
O teto e as paredes apresentam de várias salas infiltrações. Além disso, na UBS existem lâmpadas queimadas ou faltando. Os banheiros estão pichados e algumas cabines individuais não possuem trancas.
Há fios elétricos expostos nos locais pelos quais circulam os pacientes, inclusive crianças, e existem algumas portas e corrimões enferrujados.
Também com portas enferrujadas, os espaços destinados ao armazenamento dos lixos comum e infectado estavam lotados na quinta-feira passada (14), quando a reportagem foi à UBS. Cerca de 15 sacos de lixo ficaram para fora do local específico, amontoados no estacionamento, que também tinha copos jogados e fezes de animais no chão.
Elogio
Apesar dos problemas de estrutura no prédio, usuários ouvidos pela reportagem elogiaram a unidade de saúde da zona leste.
“Os atendimentos costumam ser rápidos e diversos remédios são fornecidos aqui”, afirma a dona de casa Eliana Rodrigues, 41 anos.
A postura de médicos, enfermeiros e demais funcionários também é elogiada. “Dá para ver que o prédio está feio, mas a UBS ajuda muito a população da região, não tenho do que reclamar”, diz a dona de casa.
A aposentada Elza Nascibem Alves, 67 concorda que o prédio precisa de uma boa reforma, mas também afirma que atendimento é bom.
“A gente olha por fora e vê que precisa de uma pintura, mas nem nos damos conta dos problemas que as rachadoras no prédio podem provocar”, diz.
Vistoria
Na quarta-feira passada (13) foi aprovado o requerimento para que a Comissão de Saúde da Câmara Municipal faça uma vistoria na UBS.
“A ideia é fazer uma vistoria primeiro e verificar se o problema é da organização social que administra a unidade [SPDM] ou é algo que deve ser tratado com a Secretaria [Municipal da Saúde]”, afirma a vereadora Juliana Cardoso (PT).
Resposta
A SMS (Secretaria Municipal da Saúde), da gestão Bruno Covas (PSDB), afirma em nota ter que em vistoria à UBS (Unidade Básica de Saúde) Reunidas 1, engenheiros atestaram que não há danos à estrutura do posto médico. “Portanto, informações de que há risco de desabamento estão incorretas”, afirma a pasta.
A nota da gestão Covas diz que a secretaria destinou R$ 500 mil em recursos para a CRS (Coordenadoria Regional de Saúde) Sudeste que aguarda o planejamento técnico, que terá início em reunião que seria realizada nesta segunda-feira (18) segunda para dar prosseguimento à reforma do posto médico.
Procurada pelo Agora, a a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), organização social responsável pela administração da UBS Reunidas, não respondeu aos questionamentos da
reportagem.