Professora e merendeira são presas por suspeita de furto de merenda em escola

As duas foram flagradas com alimentos dentro de um carro após denúncia anônima em SP

Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados Você atingiu o limite de
por mês.

Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login

São Paulo

Uma professora, de 35 anos, e uma merendeira, de 50, de uma escola estadual da região de Cangaíba (zona leste da capital paulista), foram presas, por volta das 10h de quinta-feira (14), acusadas de furtar itens da merenda destinada a alunos.

Uma denúncia anônima feita à Polícia Militar indicou que as duas funcionárias haviam colocado produtos alimentícios em um carro estacionado dentro da Escola Estadual Professor Laerte Panighel. No local, policiais conversaram primeiramente com a merendeira, que estava com a chave de um Kia Soul, pertencente à professora, que chegou logo em seguida. 

Polícia recuperou merenda que estava dentro do carro de uma professora, acusada juntamente com uma merendeira, de desviar os itens de uma escola estadual na zona leste da capital paulista - Divulgação/Polícia Militar
No veículo, policiais militares encontraram produtos alimentícios no porta-malas e no banco traseiro. A professora alegou, segundo boletim de ocorrência, que os produtos “estavam sobrando”, e que havia autorização da diretoria do colégio para doação dos itens a uma comunidade carente. A merendeira afirmou que a direção da escola confirmaria a versão da docente aos policiais. 
 
Porém, no 24º DP (Ponte Rasa), a diretora afirmou “jamais ter autorizado” a retirada dos alimentos do unidade de ensino. Por conta disso, a Polícia Civil deu voz de prisão à professora e à merendeira. Ambas foram indicadas por peculato (abuso de confiança pública). Foram recuperados e devolvidos para escola sacos de arroz, macarrão, açúcar, leite em pó e ovos. 

A professora e merendeira seriam submetidas a uma audiência de custódia, nesta sexta-feira (15). O resultado das audiências não havia sido divulgados pelo Tribunal de Justiça até a publicação desta reportagem. 

Resposta 

A Secretaria Estadual de Educação, gestão João Doria (PSDB), classificou o caso como “inadmissível”, acrescentando já ter pedido o afastamento imediato da merendeira, que presta serviço por meio de uma empresa terceirizada. 

Com relação à professora, a DE (Diretoria Regional de Ensino Leste) abriu um processo para apurar preliminarmente o caso. “A mesma será afastada da escola no período de apuração”, diz.

A nota afirma que a DE "está à disposição" dos pais, ou responsáveis pelos alunos, para quaisquer esclarecimentos, reforçando que "todas medidas cabíveis serão adotadas.”

Notícias relacionadas