Homem acusado de oferecer bebida com cocaína, que matou 4, deve ser internado
Polícia diz que irá indiciar Vinicius Salles Cardoso por homicídios culposos (sem intenção de matar)
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Vinicius Salles Cardoso, 31 anos, um dos quatro sobreviventes do caso envolvendo moradores de rua mortos em Barueri (Grande São Paulo), em 16 de novembro, e que teria oferecido bebida com cocaína às vítimas, deverá ser internado em uma instituição psiquiátrica após o vencimento de sua prisão temporária de 30 dias, decretada pela Justiça no último dia 19.
Cardoso passou por avaliação psiquiátrica na última terça-feira (3), no Hospital Municipal de Barueri, que teria recomendado a sua internação.
A polícia vai indiciar Cardoso por quatro homicídios culposos (sem intenção) e por três lesões corporais, também culposas, dos outros sobreviventes. “O indiciamento se dá pelo fato de ele ter dado a bebida às outras vítimas", disse o delegado Anderson Giampaoli . "Ele encontrou a garrafa na rua, sem saber ao certo o que era e, mesmo assim, a compartilhou com outras sete pessoas”, afirmou.
Um laudo do Instituto de Criminalística apontou que a bebida consumida pelas oito pessoas em Barueri tinha álcool e cocaína. Na ocasião, Giampaoli disse que foram encontradas nas análises 51 miligramas de droga por mililitro de álcool. “Isso é muita cocaína.“
A data para o indiciamento de Cardoso não foi confirmada. Porém, o delegado disse que, após isso e a transferência do suspeito para a instituição psiquiátrica, a polícia vai iniciar a segunda etapa das investigações. “Neste segundo momento, vamos investigar o motivo para haver tanta cocaína misturada à bebida. Vamos verificar se é uma nova forma de se traficar droga.”
O delegado disse ainda que já solicitou apoio ao Denarc (Departamento Estadual de Narcóticos) para levantar se a especializada já apreendeu cocaína diluída em líquidos, da mesma forma em que a droga foi encontrada na garrafa que intoxicou as vítimas de Barueri.
Resposta
A defesa de Cardoso confirmou que ele foi submetido a uma avaliação psiquiátrica. A advogada Patrícia Carvalho afirmou que trabalha para que ele seja encaminhado para uma clínica para dependentes químicos. “Ele não está bem. Queremos que ele fique em uma clínica, estando à disposição da polícia e da Justiça.”
Sobre os eventuais indiciamentos, ela afirmou que “não há nada definido”.