Um laudo do Instituto de Criminalística apontou que a bebida consumida por oito pessoas em Barueri (Grande São Paulo), no último sábado (16), tinha álcool e cocaína.
Segundo o delegado Anderson Giampaoli, foram encontradas nas análises 51 miligramas de cocaína por mililitro de álcool. “Isso é muita cocaína “, afirmou o policial.
A Polícia Civil investiga a morte de quatro homens que ingeriram a bebida na manhã do dia 16, em uma praça na avenida Campos Salles. Os policiais apuram se houve envenenamento.
Outras quatro pessoas, entre elas uma mulher, ingeriram o líquido, mas sobreviveram. Todos já tiveram alta do Hospital Municipal de Barueri.
O delegado afirmou que cada uma das vítimas consumiu, junto com bebida alcoólica, cerca de 1,5 grama de cocaína. “Um adulto, que não é viciado, morre ao consumir a partir de 1,2 grama da droga”, afirma.
Cardoso, que também acabou hospitalizado, teria oferecido a bebida às vítimas. Ele acabou preso por apresentar versões diferentes para a história.
Na primeira, disse que um motorista teria oferecido a garrafa na região da cracolândia (centro da capital), após Cardoso lhe ter pedido dinheiro para comprar pinga. E que teria levado a garrafa a Barueri.
Nesta terça, no entanto, afirmou que encontrou a garrafa em rua de Barueri.
Na quinta-feira (21), a polícia ouviu um novo suspeito, que foi flagrado por uma câmera de segurança deixando uma garrafa próxima de onde estavam os moradores de rua.
Até esta sexta-feira, somente o laudo de Marlon Alves Gonçalves, 39 anos, foi concluído pelo IML (Instituto Médico Legal). Nele, segundo a polícia, consta que que a vítima morreu pelo consumo excessivo de álcool e cocaína. “O resultado das outras vítimas deverá ser semelhante”, afirmou o delegado. O prazo para a conclusão dos três laudos restantes não foi informado.
Giampoli acrescentou que a polícia trabalha com todas as hipóteses possíveis sobre o que teria feito a garrafa chegar às mãos das vítimas. “Por que foi usado cocaína e não veneno, que seria mais barato? Investigamos se o que ocorreu teve intenção [de matar as vítimas] ou não”, afirma sobre a possibilidade de envenenamento.
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