Doria promete retomar obras da linha 6 do metrô de SP ainda neste ano
Linha deverá ligar a Brasilândia (zona norte) ao centro; previsão é que operação comece em 2024
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Paralisadas desde 2016, as obras da linha 6-laranja do metrô devem ser retomadas neste ano. A previsão foi dada, nesta sexta-feira (6), pelo governador João Doria (PSDB). Ele estima para 2024 o início da operação no ramal, que ligará o bairro da Brasilândia (zona norte) ao Centro. Não foi informado em que mês as obras serão retomadas.
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Doria anunciou que a empresa espanhola Acciona será a nova concessionária do trecho. Além da construção, a companhia também será a responsável pela manutenção e operação da linha por 25 anos. A antiga concessionária, Move São Paulo, assinou um contrato de cessão no qual passou o empreendimento para a Acciona.
O consórcio Move São Paulo enfrentou dificuldades para obter financiamento, já que as empresas que compunham o grupo - Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia - estão envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato.
"São R$ 13 bilhões de investimento nesta obra. É a maior PPP [Parceria Público-Privada] do país até este momento", afirma Doria. O tucano estima que 9 mil empregos serão criados, 5 mil diretos e 4 mil indiretos.
O secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, diz que o estado de São Paulo irá cobrar da nova concessionária garantias de que não haverá interrupções. "Sabemos do histórico da paralisação. Portanto, haverá obrigação de comprovar a condição de executar essa obra."
A estimativa do governo é que o valor para construção da linha 6 seja de R$ 12 bilhões, montante que será aplicado metade pelo governo paulista e metade pela Acciona. Segundo Baldy, já há um contrato com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para que seja liberado um empréstimo no valor de R$ 1,7 bilhão.
Projeto tem ao todo 15 estações
A linha 6-laranja do Metrô terá 15,3 quilômetros, ligando a Brasilândia (zona norte) à estação São Joaquim, na região central. Serão 15 paradas e interligações com quatro outras linhas de metrô e trem: 1-azul e 4-amarela do Metrô e linhas 7-rubi e 8-diamante da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
A previsão é de que 22 composições sejam utilizadas no atendimento, cuja demanda estimada é de 633 mil passageiros por dia.
Os pontos de parada serão: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes, PUC-Cardoso de Almeida, Angélica-Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim.