Descrição de chapéu Grande SP

ABC suspende transporte municipal por causa do coronavírus

Corte será gradativo até dia 28 e nenhum ônibus deverá circular a partir de 29 de março

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São Paulo

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que representa os sete municípios da região, decidiu nesta quarta-feira (18) suspender temporariamente o transporte público municipal para combater a proliferação do coronavírus. A medida não afeta a circulação dos trens da linha 10-turquesa, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Segundo as autoridades, a suspensão será gradativa até o dia 28. A partir do dia 29, nenhum ônibus do transporte público municipal deverá circular na região.

Em nota, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC afirmou que a medida faz parte de um esforço regional para conter o avanço do novo coronavírus. “A decisão do Consórcio Intermunicipal tem o objetivo de minimizar danos à população e preservar vidas no Grande ABC”, diz.

O ABC conta com sete cidades (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) e uma população total de cerca de 2,8 milhões de habitantes.

Guerra

Presidente do consórcio e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão afirmou que não houve outra alternativa, diante da expansão do vírus. “É um período de guerra e por isso precisamos tomar essas atitudes”, disse. O transporte público municipal carrega 14 milhões de passageiros ao mês no ABC (um mesmo morador pode tomar ônibus mais de uma vez), e a CPTM, 5 milhões.

Segundo Maranhão, o ABC conta com 432 mil pessoas acima dos 60 anos (16,5% da população total) e a região tinha, até esta manhã, dez casos confirmados de contágio por coronavírus. “A atitude de paralisar o transporte público municipal vem com a finalidade de evitar que as pessoas saiam de casa”, afirmou.

O presidente do consórcio disse também que cada município deverá contratar serviço de transporte emergencial para pessoas que necessitem ser levadas aos hospitais.

Sobre a expansão da restrição no transporte às linhas intermunicipais e à CPTM, Maranhão afirma que entrará em contato com o governo estadual. “Vamos ligar para o secretário de transportes metropolitanos. Não sabemos qual será a medida adotada pelo governador”, explicou.

O presidente do consórcio regional disse também que espera contar com a colaboração dos empresários de transporte municipal. “Cada prefeito vai conversar com os empresários de sua cidade. Não é uma situação qualquer, não é boato. Temos que dar as mãos.”

Sobre a forma como os patrões vão lidar com a falta de transporte para seus funcionários, Maranhão afirmou que os prefeitos têm tomado as medidas que cabem ao Poder Público no momento. “Espero que o governo federal tenha uma linha de financiamento e possa fazer com o que os empresários sejam ressarcidos de alguma maneira depois.”

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