Albergues em São Paulo deixam jovens e idosos misturados

Frequentadores que pernoitam dizem que não há isolamento entre jovens e mais velhos

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São Paulo

Pessoas em situação de rua que frequentam o albergue Boraceia, na Barra Funda (zona oeste da capital paulista), reclamam da falta de condições do local para coibir a disseminação do Covid-19.

Albergue da Prefeitura de São Paulo, em frente à praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista. - Joel Silva-07.jun.2017/Folhapress


A reportagem apurou que idosos, grupo de risco da Covid-19, não estão sendo isolados dos demais usuários na área destinada ao pernoite. Frequentadores reclamam ainda que as camas ficam muito próximas umas das outras e o local não tem ventilação.

O albergue tem capacidade para atender 450 pessoas, segundo a prefeitura. Esta condição já era corriqueira, mas é mantida desde o início da quarentena decretada pelo governo estadual, no último dia 24.

Mário da Costa, 35, dorme na unidade Boraceia há cerca de quatro meses. Ele falou que as pessoas que passam a pernoite no local ficam “todas misturadas.” “Tem velho junto com gente moça, não tem como separar. Aí tudo fica na mão de Deus”, afirmou.

Ele acrescentou que, durante a noite, muitas pessoas tossem no local, o que causa preocupação.
Além disso, dezenas de pessoas se aglomeravam em frente ao local, por volta das 11h30 desta segunda-feira (30), para almoçar gratuitamente na unidade.

Elas formavam uma fila, mas estavam muito próximas. Leonardo Deividis Pinheiro Brito, 28, afirmou que há cerca de seis meses dorme e come no local. Ele disse estar com febre e tosse desde sábado (28). “Tenho medo de estar com vírus e de passar para alguém.”

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