Favelas de SP cobram abastecimento de água em meio a pandemia

Governo paulista promete entregar 1.200 caixas-dágua para os moradores de Paraisópolis

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São Paulo

Líderes das duas principais favelas da cidade de São Paulo reivindicam a ampliação do abastecimento de água para que possam cumprir as medidas de higiene e limpeza e evitar a disseminação de casos do novo coronavírus entre os moradores.

Segundo o presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, cinco pessoas da comunidade testaram positivo para a covid-19, sendo que dois deles estão internados no Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul da capital paulista. A Secretaria Municipal da Saúde afirmou que não comenta casos pontuais da doença.

Heliópolis, comunidade da zona sul, tem cerca de 220 mil habitantes - Eduardo Knapp 19.dez.2018/Folhapress


Rodrigues afirma que aqueles que moram em Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo com 100 mil habitantes, sofrem com falta de água em suas casas.

Nesta segunda-feira (23), o governador João Doria (PSDB) disse que a Sabesp (companhia de saneamento básico do estado de São Paulo) vai distribuir 1.200 caixas-d’água para os moradores de Paraisópolis que ainda não têm o reservatório em seu imóvel. O objetivo é prevenir a falta d’água quando for necessário fazer reparos emergenciais ou manutenções preventivas na rede de abastecimento.

“Não estou sabendo [da doação] nem fui procurado pela Sabesp. Mas, se não tem água, como encher a caixa”, disse Rodrigues.

Situação semelhante vive os moradores de Heliópolis, na zona sul. A presidente da Unas (União dos Moradores de Heliópolis e Região), Cleide Alves, disse que irá fazer um apelo à Sabesp para que não seja reduzida a pressão da água na região, uma vez que o consumo vai aumentar porque mais pessoas vão estar em casa.

A Sabesp disse que não há risco de falta d’água na Grande São Paulo, “ainda que ocorrências localizadas possam ser registradas”.

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