Favelas de SP cobram abastecimento de água em meio a pandemia
Governo paulista promete entregar 1.200 caixas-dágua para os moradores de Paraisópolis
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Líderes das duas principais favelas da cidade de São Paulo reivindicam a ampliação do abastecimento de água para que possam cumprir as medidas de higiene e limpeza e evitar a disseminação de casos do novo coronavírus entre os moradores.
Segundo o presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, cinco pessoas da comunidade testaram positivo para a covid-19, sendo que dois deles estão internados no Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul da capital paulista. A Secretaria Municipal da Saúde afirmou que não comenta casos pontuais da doença.
Rodrigues afirma que aqueles que moram em Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo com 100 mil habitantes, sofrem com falta de água em suas casas.
Nesta segunda-feira (23), o governador João Doria (PSDB) disse que a Sabesp (companhia de saneamento básico do estado de São Paulo) vai distribuir 1.200 caixas-d’água para os moradores de Paraisópolis que ainda não têm o reservatório em seu imóvel. O objetivo é prevenir a falta d’água quando for necessário fazer reparos emergenciais ou manutenções preventivas na rede de abastecimento.
“Não estou sabendo [da doação] nem fui procurado pela Sabesp. Mas, se não tem água, como encher a caixa”, disse Rodrigues.
Situação semelhante vive os moradores de Heliópolis, na zona sul. A presidente da Unas (União dos Moradores de Heliópolis e Região), Cleide Alves, disse que irá fazer um apelo à Sabesp para que não seja reduzida a pressão da água na região, uma vez que o consumo vai aumentar porque mais pessoas vão estar em casa.
A Sabesp disse que não há risco de falta d’água na Grande São Paulo, “ainda que ocorrências localizadas possam ser registradas”.