Hospital Tide Setúbal tem falta de equipamento para tratar coronavírus
Funcionários relatam falta de máscara e luvas; prefeitura diz que comprou material
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Funcionários do Hospital Municipal Tide Setúbal, em São Miguel Paulista (zona leste), afirmam que tem faltado máscaras e luvas, entre outros equipamentos. Segundo os profissionais, um colega chegou a ser entubado com suspeita de Covid-19.
A lista de queixas é tão extensa que gerou até declaração sobre limites de atuação profissional na ausência de EPI (equipamento de proteção individual). O documento foi entregue ao diretor do hospital e encaminhado ao Conselho Regional de Enfermagem na última terça-feira (24).
Segundo os profissionais, os protocolos de atendimento aos pacientes suspeitos de contágio pelo coronavírus não são seguidos, falta um infectologista na unidade e até a Polícia Militar foi chamada na última semana para que material fosse distribuído. Luvas, máscaras, aventais e álcool são fornecidos em quantidade insuficiente, quando tem.
A infraestrutura também é criticada pelos servidores. Os profissionais dizem que a rede de gases, fundamental para os equipamentos de entubação, é precária. Não há vestiário adequado para que funcionários possam tomar banho, guardar roupas e usar o uniforme privativo. Tudo isso em meio ao desgaste da pandemia. "Se no noticiário é feio, cara a cara é muito mais triste. O paciente olha pedindo socorro", disse um funcionário.
Resposta
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, sob a gestão de Bruno Covas (PSDB), afirma em nota que, "mesmo com a escassez mundial de produtos de proteção causada pela pandemia de coronavírus, conforme já alertado pela Organização Mundial da Saúde, comprou 5 milhões de máscaras cirúrgicas e 1 milhão de máscaras N-95". Segundo a administração, as unidades de saúde estão abastecidas de equipamentos de proteção. A secretaria afirma que foi contratado um infectologista para trabalhar a partir desta terça. Sobre o funcionário, diz que não confirma dados de pacientes. (WC)