Camareira de hospital vence o novo coronavírus e volta a trabalhar
Nem tomando todo cuidado ela conseguiu evitar o contágio
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Os profissionais da saúde, que atuam diretamente na luta contra o novo coronavírus, não são os únicos que correm risco de contágio nos hospitais. A camareira Vanda Margarida da Silva Idelfonso, de 42 anos, que é funcionária de um hospital privado da capital, sentiu na pele o que é trabalhar nesse meio.
“Com todos os cuidados que eu tomei, ainda peguei a Covid”, lamenta Vanda, explicando que começou a sentir os sintomas no dia 24 de março, justamente o dia em que o governo estipulou a quarentena na cidade.
Ela relata que ficou com quase todos os sintomas mais conhecidos da Covid-19, como dor em todo o corpo, olhos avermelhados e inchados, febre e ausência de paladar e olfato.
“Eu não conseguia respirar pelo nariz e fiquei sem sentir cheiro e gosto das coisas. Só depois de oito dias que começou a voltar.”
No dia 25, ela avisou no hospital dos sintomas e fez o teste, que deu positivo. A partir daí, ficou em isolamento por 21 dias em casa, em Paraisópolis (zona sul de São Paulo). Como sua falta de ar não foi muito grave, ela conseguiu se manter em casa apenas tomando dipirona, para baixar a febre.
“Eu também tinha um canal para falar com uma enfermeira e um médico, se fosse preciso. Se passasse muito mal de madrugada, eu pediria socorro, mas, graças a Deus, não precisou.”
Assim que passou o período de quarentena, Vanda retornou ao trabalho e redobrou os cuidados para evitar novo contágio.
“Continuo com os mesmos riscos e aumentei os cuidados. Em casa, tenho minha entrada própria, onde tiro toda a roupa e tomo banho antes de entrar no meu quarto, sem contato com os outros”, diz ela, que mora com os filhos Gideão, de 25 anos, e Ester, de 24, e a neta Laura, de 4.