PMs são presos suspeitos de ferir duas pessoas a tiros em pancadão na zona sul
Segundo Secretaria da Segurança Pública, policiais dispararam durante a intervenção em uma aglomeração; ambos estão detidos no presídio militar Romão Gomes
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Dois policiais militares foram presos em flagrante suspeitos de ferir a tiros duas pessoas que estavam em uma aglomeração, neste domingo (5), durante um “pancadão” no Jardim dos Manacás, região do Grajaú (zona sul da capital paulista). O estado de saúde das vítimas não havia sido informado até a publicação desta reportagem, da mesma forma que o horário dos disparos.
Segundo a PM, os tiros foram dados durante uma intervenção a um fluxo de baile funk, na rua Giusepe Tartini. A corporação não informou a idade, com quantos tiros as vítimas foram feridas, nem para quais hospitais foram encaminhadas.
Um inquérito policial militar foi instaurado para investigar o caso e os dois PMs, que não tiveram as idades e patentes informadas, foram encaminhados ao presídio militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo, informou a SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB).
A Ouvidoria das políciais tabmém instaurou um procedimento, na tarde desta segunda-feira (6), para acompanhar as investigações.
No primeiro trimestre deste ano, ainda segundo a SSP, 41 pessoas foram feridas por policiais militares de serviço na capital paulista, um aumento de 64% em relação aos 25 casos registrados no mesmo período do ano passado.
A quantidade de pessoas feridas por PM trabalhando também aumento, em 23%, quando comparados os 95 casos do primeiro trimestre deste ano com os 77 do mesmo período de 2019.
Sobre a ocorrência em que as duas pessoas foram feridas por PMs na zona sul, neste domingo, a SSP e a PM não informaram se, além da Corregedoria da PM, alguma delegacia da Polícia Civil investiga o caso.
Seis casos de violência policial em menos de um mês
Desde o último dia 12, ao menos seis casos de violência envolvendo policiais militares, na capital e Grande SP, foram registrados, endo cinco deles compartilhados nas redes sociais.
Em 21 de junho um rapaz de 19 anos desmaiou, ao menos duas vezes, após ser asfixiado por PMs, durante abordagem da Rocam (Ronda com Motocicletas) no fim da tarde em Carapicuíba (Grande SP). Os policiais envolvidos no caso estão afastados das ruas, segundo a corporação.
Um dia antes, PMs teriam ferido, com tiros de balas de borracha, dois ambulantes, dentro da casa das vítimas, após a dispersão de uma festa na Vila Santa Estefano, distrito do Jabaquara (zona sul da capital paulista). A Corregedoria da PM acompanha o caso.
Imagens feitas com celulares, no último dia 15, mostram moradores da Vila Clara (zona sul) sendo agredidos por policiais militares, após protesto pela morte de Guilherme Silva Guedes, 15 anos. O sargento Adriano Fernandes de Campos, 41 anos, está preso suspeito de participar do assassinato. Ele nega a participação no crime, segundo sua defesa.
Dois dias antes, de madrugada, policiais militares foram gravados quando agrediam um jovem, rendido, no Jaçanã (zona norte de SP). Os PMs apresentaram a ocorrência na delegacia como desacato e resistência.
Já no dia 12, um homem, já rendido, é agredido por policiais militares no bairro Jardim Belval, em Barueri (Grande SP). Os PMs ainda bateram em vizinhos que tentaram proteger a vítima.
Estes dois últimos casos fizeram com que 14 policiais fossem afastados das ruas, enquando as ocorrências são investigadas.