Bares e restaurantes poderão ficar abertos até às 22h. A medida foi anunciada pelo governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), nesta quarta-feira (5), durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital paulista.

A extensão do horário passa a valer a partir desta quinta-feira (6) para as regiões que já estiverem a pelo menos duas semanas na fase amarela do Plano SP de reabertura da quarentena do novo coronavírus, caso da cidade de São Paulo.

No entanto, permanecem a regra de permissão para funcionamento de somente seis horas por dia. Este período poderá ser consecutivo ou dividido ao longo do dia, ficando a cargo de cada estabelecimento esta escolha.

Os locais poderão ofecerecer serviços apenas para pessoas sentadas com a presença de público de no máximo 40% da capacidade do estabelecimento. As outras regras seguem as mesmas, como uso obrigatório de máscaras, limitação de operação só para ambientes ao ar livre ou arejados, uso de álcool em gel para higienizar as mãos e demais protocolos sanitários acordados com o setor e já vigentes.

A recomendação é que os estabelecimentos realizem o agendamento dos clientes para evitar possíveis aglomerações nos locais.

"Não será permitido, em hipótese alguma, serviço em pé, as pessoas não poderão ficar em pé, em nenhum estabelecimento de consumo de alimento no estado de São Paulo. Deverão estar sentadas, dentro da obediência do critério de distanciamento [social]", disse Doria.

Segundo ele, na avaliação do Centro de Contingência de Combate ao novo coronavírus não ocorreu impactos negativos com as primeiras flexibilizações estabelecidas anteriormente para bares e restaurantes.

Já o prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), disse que a "Vigilância Sanitária nunca viu, aqui no município, nenhum tipo de problema em abertura de bares e restaurantes até as 22h", disse.

"A proibição, colocada pela Vigilância Sanitária aqui do município, é em relação as mesas nas calçadas. E é exatamente por isso que vamos lançar um projeto piloto, assino hoje um decreto que será lançado no diário oficial de amanhã (6), autorizando o início das obras."

De acordo com Covas, o projeto será realizado na região central da capital paulista, e permitirá que estabelecimentos ampliem os espaços nas calçadas para que seja possível colocar mesas com distânciamento social e, ao mesmo tempo, não atrapalhar o fluxo de pedestres.

A proposta é inspirada nas calçadas de locais como Nova York, Milão e Paris, segundo o prefeito, e não terá dinheiro público. Os donos dos estabelecimentos arcarão com as despesas. Os locais ficarão isentos de pagamento do IPTU deste ano, porque, segundo Covas, caso a Vigilância Sanitária perceba que o projeto não é viável, a autorização será retirada e os estabelecimentos não serão ressarcidos.

Os locais escolhidos ficam nas ruas João Paulo Montovan Freire, Bento Freitas, General Jardim e Major Sertório. No total, serão 32 estabelecimentos.