Campanha de Vacinação contra a raiva é adiada em SP por conta da Covid-19

Decisão busca evitar possíveis aglomerações; cães e gatos podem ser vacinados nos postos veterinários normalmente

São Paulo

A campanha de vacinação contra a raiva no estado de São Paulo foi adiada por conta da pandemia do novo coronavírus. A Secretaria de Estado da Saúde, gestão João Doria (PSDB), anunciou, nesta quarta-feira (5), que a decisão sobre a vacinação de cães e gatos foi tomada em conjunto com as administrações municipais.

Segundo a pasta, para evitar possíveis aglomerações durante uma campanha, técnicos de saúde estadual e municipais optaram por manter apenas a imunização de rotina, disponível nos serviços de saúde das cidades ou estabelecimentos médico-veterinários privados, sendo responsabilidade do tutor ou proprietário zelar pela saúde do animal de estimação.

Vacinação contra a raiva em cães e gatos é adiada em São Paulo - Zanone Fraissat/FOLHAPRESS

Tradicionalmente, a ação ocorria entre os meses de agosto e setembro. A campanha não tem data definida e poderá ser reprogramada dependendo da evolução do cenário epidemiológico do novo coronavírus em São Paulo.

"Em SP, as ações de vigilância, prevenção e controle da raiva são constantes, e há mais de duas décadas foi eliminada a circulação da variante canina”, explica a diretora do Instituto Pasteur, Luciana Hardt. Desde 1997, o estado não registra casos de raiva em humanos provocadas pela variante canina, e desde 1998 não há casos caninos e felinos.

Casos esporádicos podem ocorrer pela variante de morcego, sendo o último registro ocorrido em 2018, após contato direto da vítima com morcego infectado.

“Por isso, é fundamental que esses animais não sejam manipulados caso sejam encontrados nas residências, quintais e áreas com vegetação. O cidadão que encontrar um morcego caído, por exemplo, deve acionar os profissionais de saúde do município, para que recolham e encaminhem devidamente para diagnóstico laboratorial”, complementa Hardt.

A prevenção da raiva ocorre por meio do controle da doença nos animais domésticos e da profilaxia no ser humano. Assim, as pessoas ou cães e gatos que tiverem contato acidental com morcegos devem ser prontamente encaminhadas para tratamento profilático.

Também é imprescindível procurar um serviço de saúde se a pessoa for arranhada ou mordida por um animal mamífero desconhecido. Não há cura para a raiva e é uma doença quase sempre fatal, que pode provocar paralisia, debilidade e outros quadros motores.

Na capital, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, gestão Bruno Covas (PSDB), a vacinação contra raiva para cães e gatos está sendo realizada em 15 postos fixos disponíveis na cidade.

De acordo com a pasta, até o momento, "12 mil animais já foram vacinados nos postos fixos e na Divisão de Vigilância de Zoonoses. Atualmente, cerca de 1,9 milhão de animais estão cadastrados no Registro Geral Animal e, o munícipe interessado em vacinar seu animal, poderá se dirigir a qualquer um dos postos que funcionam diariamente".

Todos os locais funcionam de segunda a sexta-feira, exceto a Divisão de Vigilância de Zoonoses que também fica aberta aos sábados

Postos em SP:

ZONA NORTE

- Divisão de Vigilância de Zoonoses - Rua Santa Eulállia, 86 - Santana

- Rua Chico de Paula, 238 - Freguesia do Ó

- Rua Maria Amália Lopes de Azevedo, 3676 - Jaçanã

ZONA LESTE

- Rua dos Trilhos, 869 - Mooca

- Rua Aurivercine Duarte de Oliveira, 50 - Ermellino Matarazzo

- Rua Professor Francisco Pinheiros, 179 - Guaianases

- Rua Ererê, 260 - Vila Curuçá

- Rua José Pereira Cardoso, 193 - Vila Jacuí

- Rua Etorre Ximenes, s/n - Vila Prudente

- Rua Mauro Bonafé Pauletti, 199 - Jardim Três Marias ​

ZONA SUL

- Rua Maria Cuolfono Salzano, 185 - Jardim Santo Antoninho

- Rua Genaro de Carvalho, 101 - Jabaquara

- Rua Cristina Schunk Klein, 23 - Parelheiros

ZONA OESTE

- Rua Sumidouro, 712 - Pinheiros

- Avenida Caxingui, 656 - Caxingui

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