Número de crianças infectadas na rede municipal de SP é quase o dobro da particular
Levantamento da prefeitura aponta que mais de 244 mil crianças e adolescentes tiveram Covid-19
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A Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB), por meio da Secretaria Municipal da Saúde, divulgou nesta quinta (17) os dados da fase 3 do mapeamento sorológico de crianças e adolescentes com idades entre 4 e 14 anos, realizada entre os dias 1 e 3 de setembro. Os números apontam que 244.242 pessoas deste público já foram contaminadas pela Covid-19.
A maioria dos infectados pertence à rede municipal de ensino, com 18,4%. Em segunda vem a estadual, com 17,2%. A rede privada tem 9,7%.
Segundo a prefeitura, a base de dados utilizada para a pesquisa foi de alunos matriculados nas redes municipal (675.922 estudantes), estadual (565.891 estudantes) e privada (238.444 escolares), totalizando 1.480.257 de alunos.
“Foram colhidas amostras aleatórias de 6.000 alunos estratificada por rede de ensino. Desse total, foram colhidas 2.182 coletas de sangue, a partir de um universo de 6 mil sorteados para a pesquisa”, diz a secretaria.
A pesquisa apontou que 66,4% das crianças da rede municipal que testaram positivo são assintomáticas, contra 64,1% da rede estadual e 70,3 % da rede privada.
População geral
A gestão Covas também também divulgou nesta quinta o resultado da fase 5 do Inquérito Sorológico. O mapeamento aponta que 1,64 milhão de moradores da capital possuem anticorpos para a Covid-19, ou seja, que já tiveram contato com o vírus.
Este levantamento foi realizado entre os dias 35 e 27 de agosto. Segundo a prefeitura, 5.760 domicílios foram visitados e 2.226 pessoas foram testadas.
Na fase anterior, o número de infectados era 11% da população da capital. Esse número saltou para 13,9% nesta nova amostragem. Entre as pessoas que testaram positivo para Covid-19, 38,2% eram assintomáticos.
A região leste concentra o maior número de infectados, com 19,6%. Mas a maior disparada ocorreu na região centro-oeste, a mais rica da cidade, que saltou de 5,2 para 10,3 —praticamente o dobro. Nas demais regiões, a sul tem 15,1%, a norte, 12,1%, e a sudeste, 10,6%.
Entre as faixas etárias, a maior prevalência ocorre entre 18 e 34 anos, com 15,4%, seguida pela faixa entre 35 e 49 anos, com 14,6%.
A contaminação também segue maior em pessoas das classes D e E, com 18,7%. No levantamento por raça e cor, os pretos e pardos seguem com um maior índice de prevalência, 17,4%.
Em relação à escolaridade, o mapeamento mostra que 17,2 % das pessoas com teste positivo possuem ensino fundamental; 16,5 % ensino médio; 9,8% nunca estudaram.