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Árvores do Anhangabaú são replantadas na região central de SP

Gestão Covas diz que vale será entregue até o fim deste mês

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São Paulo

Uma boa parte das árvores que estavam no vale do Anhangabaú foi replantada em outros locais da região central da capital paulista. Segundo a Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), 56 exemplares foram transferidos de local.

O vale do Anhangabaú passa por uma revitalização e tem previsão, segundo a gestão municipal, de ser entregue reformulado para a população até o final deste mês de outubro, após reforma que começou em 2019 e deveria ser concluída em junho deste ano.

Entre as árvores replantadas, 21 delas foram transplantadas para o Bosque das Maritacas, local próximo ao terminal do Parque Dom Pedro 2º. Foram replantadas 18 palmeiras jerivás, 1 pau-brasil e 2 jabuticabeiras. Os plantios começaram a ser executados nos meses de agosto e setembro de 2019, e já são considerados bem-sucedidos.

"Elas [árvores] recebem uma poda 30 dias antes do transplante. Depois de 30 dias, é feito uma sangria, de forma manual. Tira-se o mínimo de raiz possível, para facilitar a pega no novo local. Depois de plantadas, 3 toras de madeira apoiam durante um tempo. Depois disso, é preciso monitorar e regar. Elas já estão há um ano, podemos dizer que o processo foi concluído", conta Rodrigo Silva, biólogo da subprefeitura da Sé.

Segundo ele, as 18 palmeiras jerivás que foram levadas do Anhangabaú para o bosque são a espécie que atrai as maritacas. Ele estima que as jerivás tenham sido plantadas no vale do Anhangabaú na década de 1980.

A perspectiva é que o bosque das maritacas esteja com a flora desenvolvida daqui a 10 meses. O local deverá ser um espaço de conservação e de estudos ambientais. A proposta é que o público possa visitar com passeios guiados, mas ainda não existe prazo para isso. Em setembro, foram plantadas mais de 1.100 mudas no bosque.

Além dos 21 exemplares replantados no bosque, outras árvores foram transplantadas na região. Das 56 que deixaram o Vale do Anhangabaú por conta da revitalização, 5 palmeiras jerivas foram para a avenida São João, 6 palmeiras triângulo foram para a praça João Mendes, 11 palmeiras leque e
4 palmeiras jerivás foram para o viaduto Diário Popular.

A revitalização do Vale do Anhangabaú vai custar R$ 14 milhões a mais do que os R$ 80 milhões previstos inicialmente. A gestão Covas argumentou, no mês de julho, que precisou adequar o projeto básico.

Árvores do Vale do Anhangabaú replantadas na região do Parque Dom Pedro 2º - Rivaldo Gomes/Folhapress

Resposta

Segundo a Prefeitura de São Paulo, durante a revitalização do vale do Anhangabaú, ocorreu a preservação de 355 exemplares arbóreos, o plantio interno de 177 mudas nativas, o transplante interno de 5 exemplares arbóreos (replantadas no próprio local), entrega de 420 mudas nativas no viveiro municipal para utilização na arborização urbana da cidade de São Paulo.

Também ocorreu um total de corte de 131 exemplares arbóreos sendo: 21 exemplares invasores, 51 exemplares nativos e 59 exemplares exóticas, além da remoção de 7 árvores mortas. Ao final da revitalização, a expectativa é que o Vale do Anhangabaú tenha 537 árvores.

A Prefeitura de São Paulo, afirma que no Vale do Anhangabaú estão sendo realizados serviços de paisagismo; pavimentação; revisão do sistema hidráulico; finalização de rede de drenagem; revisão e ajustes nos sistemas das fontes; revisão geral na iluminação; instalação de mobiliário urbano; aplicação de verniz antipichação nos bancos; execução da pista de skate; e revisão e finalização das instalações dos quiosques e do Centro de Informações.

"A concepção do novo projeto para o Vale do Anhangabaú vai aumentar a cobertura vegetal e áreas sombreadas. O Vale contará, em sua forma final, com 480 árvores, sendo que 355 serão mantidas entre as existentes e 125 novas espécies plantadas", diz nota enviada pela gestão municipal.

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