Prefeitura de SP inicia o processo de concessão do Vale do Anhangabaú

Licitação prevê que iniciativa privada administre a região por 10 anos

São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), iniciou o processo de concessão para a iniciativa privada do Vale do Anhamgabaú, na região central da capital paulista. A gestão publicou, nesta quinta-feira (23), o edital de licitação.

Reforma urbanística do Vale do Anhangabaú, no centro de SP, deve ser entregue somente em setembro, com atraso de 3 meses - 8.07.20 - Eduardo Anizelli/ Folhapress

A proposta da administração municipal é conceder, por 10 anos, as áreas situadas no Vale do Anhangabaú, para a gestão, manutenção, preservação e ativação sociocultural de entes privados.

Segundo a prefeitura, o objetivo da concessão é "integrar o Vale do Anhangabaú com o seu entorno e proporcionar atividades diversas, eventos, serviços, locação de espaços para comércio e alimentação. A licitação também tem o objetivo que o espaço seja um local de permanência de pessoas e não apenas de passagem, com segurança, acessibilidade, lazer e zeladoria adequados".

Além de fazer a gestão, manutenção e preservação do local, o vencedor da concessão deverá fornecer gratuitamente atividades de interesse coletivo, que podem ser socioculturais, educacionais, esportivas ou recreativas e de lazer.

A Prefeitura de São Paulo estima que a iniciativa representará um aumento de cerca de 10 mil pessoas, por semana, circulando na região. A licitação está marcada para 26 de agosto.

Os principais investimentos previstos pela gestão municipal e que devem ser feitos pelo vencedor da concessão são: monitoramento e vigilância com implantação de câmeras e postos de segurança 24h; instalação de lixeiras e sanitários públicos; fornecimento de energia elétrica, água, esgoto e telefonia; disponibilização de Wi-Fi gratuito.

A gestão Covas também promove obras no Vale do Anhangabaú. As mudanças devem ser entregues em setembro, após reforma que começou em 2019 e deveria ser concluída em junho deste ano. O atraso de três meses depois do prazo previsto ocorreu devido à pandemia da Covid-19, segundo a prefeitura.

O projeto prevê a instalação de jatos d’água, 1.500 assentos, bebedouros, sanitários, quiosques de comércio, floriculturas e uma ludoteca —lugar que incentiva a aprendizagem através de objetos lúdicos—, 125 novas árvores e a instalação mais de 350 pontos de iluminação.

A obra vai custar R$ 14 milhões a mais do que os R$ 80 milhões previstos inicialmente. A gestão Covas argumenta que precisou adequar o projeto básico.

Assuntos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.