Obras da linha 6-laranja do metrô são retomadas após 4 anos de paralisação

Com 15 estações entre a zona norte e o centro de São Paulo, projeto que tinha previsão para ser entregue em 2020, agora deve ficar para 2025

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Após quatro anos paralisadas, as obras da linha 6-laranja do metrô serão retomadas nesta terça-feira (6), conforme anunciou nesta segunda-feira (5) o governador João Doria (PSDB). O projeto tinha a previsão de ser entregue neste ano, agora tem perspectiva de ser concluído somente em 2025. O primeiro trecho chegou a ser prometido para 2013.

A construção teve início em janeiro de 2015, mas foi interrompida em setembro de 2016, após problemas na PPP (parceria público-privada) entre o governo paulista e o consórcio Move São Paulo.

A linha 6-laranja deverá ligar o bairro da Brasilândia (zona norte da capital paulista) até a estação São Joaquim da linha 1-azul, na região central de São Paulo. Ao todo estão previstas 15 novas estações (veja abaixo).

Além da linha 1-azul, o trecho também deverá ter interligação com a linha 4-amarela do metrô e as linhas 7-rubi e 8-diamante, ambas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

“As obras da linha 6 recomeçam com investimento de R$ 15 bilhões. A estimativa é de que a linha possa transportar cerca de 630 mil pessoas por dia". afirma Doria.

A expectativa é que o trajeto, que atualmente demora 1h30 de ônibus, possa ser feito em 23 minutos, quando todo o trecho estiver em operação.

A construção e a operação da linha serão feitas pelo grupo espanhol Acciona, que adquiriu o direito do consórcio Move São Paulo.

A concessão, segundo o governo do estado, inclui ainda a aquisição de toda a frota, que deverá ter 22 trens, e prevê 19 anos para manutenção e operação. A linha deverá ter 15,3 km de extensão quando concluída.

Atraso

O consórcio então responsável pela construção da linha 6 enfrentou dificuldades para obter financiamento, já que as empresas que compunham o grupo —Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia— estavam envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato.

O governo de São Paulo declarou que a PPP caducou em 2016, ainda durante a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) e, até que as negociações fossem concluídas, a Move São Paulo permaneceu responsável pela conservação e preservação da segurança dos canteiros de obras e dos imóveis vinculados à concessão, de acordo com a administração estadual. Mesmo assim, moradores vizinhos a estes canteiros de obras reclamaram de lixo jogado e insegurança

O consórcio entregou apenas cerca de 15% do projeto. O valor do empreendimento, em 2015, era de R$ 9,6 bilhões, sendo que R$ 8,9 bilhões seriam divididos entre investimentos do governo do estado (50%) e o consórcio (50%). Os outros R$ 673 milhões seriam referentes às desapropriações que executadas pelo estado. O valor corrigido representa cerca de R$ 14,9 bilhões.

Linha 6-laranja do metrô - retomada

Previsão de entrega em 2025

Estações

  • Brasilândia
  • Vila Cardoso
  • Itaberaba
  • João Paulo Iº
  • Freguesia do Ó
  • Santa Marina
  • Água Branca
  • Pompeia
  • Perdizes
  • Cardoso de Almeida
  • Angélica-Pacaembu
  • Higienópolis-Mackenzie
  • 14 Bis
  • Bela Vista
  • São Joaquim

Interligação

  • Linha 1-azul
  • Linha 4-amarela
  • Linhas 7-rubi e 8-diamante da CPTM

Atraso

  • Obras tiveram início em 2015
  • Previsão de entrega era para 2020
  • Construção da linha está paralisada desde 2016

Investimento e dimensão da obra

  • R$ 15 bilhões
  • 15 estações
  • 15,3 km de extensão
  • Expectativa de atender mais de 630 mil passageiros diariamente
  • Trecho será percorrido em 23 minutos

Notícias relacionadas