Quase 1.600 presos podem votar no estado de SP no segundo turno neste domingo (29)
No primeiro turno das eleições votaram 78,3% dos 2.036 detentos aptos a irem às urnas
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No primeiro turno das eleições 1.596 presos votaram no estado de São Paulo, sendo 586 na capital e região metropolitana e 1.010 em unidades prisionais no interior do estado. O total de detentos que votaram representa 78,3 % dos 2.036 que poderiam escolher entre candidatos a prefeito e vereador no último dia 15. As informações são da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), gestão João Doria (PSDB).
A pasta disse ainda que presos provisórios ou condenados, mas com casos em que ainda cabem recursos na Justiça, podem ir às urnas, que são instaladas dentro das unidades prisionais. “Por conta disso, há variação do número dos custodiados em situação regular no Tribunal Regional Eleitoral e dos que efetivamente votam, vários são condenados ou postos em liberdade nesse intervalo”, afirma a pasta em trecho de nota.
Para o segundo turno, neste domingo (29), a SAP afirmou que 1.150 presos estão habilitados para votar em todo o estado.
Os locais de votação em presídios e centros de detenção provisória seguem os protocolos sanitários determinados pelo governo estadual como a utilização de máscaras, higienização, além de distanciamento, acrescentou a pasta.
“Os funcionários também recebem os equipamentos de proteção individual, além de ser disponibilizado álcool em gel nas áreas de circulação dos servidores”, destacou a pasta.
As unidades em que presos poderão votar neste domingo ficam em Andradina, Avaré, Caraguatatuba, Cerqueira César, Diadema, Franca, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itatinga, Itirapina, Jaú, Mauá, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Osasco, Ourinhos, Pirajuí, Potim, Santo André, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Paulo, São Vicente, Sorocaba, Suzano, Taubaté, Tremembé e Votorantim. Essas cidades vão ter eleições neste segundo turno.
Covid-19 na cadeia
Ao menos 8.634 presos do sistema carcerário paulista testaram positivo para a Covid-19, desde o primeiro caso confirmado, em 19 de abril. Este número foi alcançado em pouco mais de cinco meses. O número representa quase 4% da população de detentos em São Paulo, considerando os estimados 216 mil presidiários em 176 unidades no estado, até agosto deste ano, ainda segundo a SAP.
Além dos detentos, a pasta também registrou 1.755 casos de funcionários que também foram infectados pelo novo coronavírus. Deste total, 30 morreram, a mesma quantidade de presidiários.
Até 8 de outubro, quando os dados sobre a Covid-19 foram encaminhados à reportagem, 45.293 pessoas haviam sido testadas dentro do sistema carcerário de São Paulo. “A testagem em massa no sistema penitenciário está em andamento, conforme cronograma estabelecido pelos órgãos de saúde”, afirmou a pasta à época.
Em casos suspeitos entre os presos, acrescentou a secretaria, o isolamento é realizado imediatamente, além de a Vigilância Epidemiológica ser acionado ao local. Carcereiros e funcionários que eventualmente entrem em contato com estes detentos também devem usar máscaras e luvas descartáveis.
“Se confirmado o diagnóstico, além de continuar seguindo os procedimentos indicados, o preso será mantido em isolamento na enfermaria durante todo o período de tratamento”, diz trecho de nota.
Os funcionários afastados, por suspeita de contaminação, permanecem em casa. A SAP afirmou que fornece “todo o suporte necessário” para a recuperação de seus servidores.