Confira filmes de fé para a Páscoa
Grandes diretores já retrataram Jesus Cristo e outras histórias católicas no cinema
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Em 125 anos de existência, o cinema levou às telas inúmeras histórias de fé. Entre os filmes mais lembrados, considerados clássicos, estão “Ben-Hur” (1959) e “Os Dez Mandamentos” (1956), mas ano após ano a sétima arte apresenta novas interpretações do que já foi contado.
Não é diferente com a história de Jesus. Uma das versões cinematográficas está em “Rei dos Reis” (1961), dirigido por Nicholas Ray, o mesmo de “Juventude Transviada”.
O longa foi uma superprodução da MGM filmada em technicolor. Com narração de Orson Welles, retrata, em pouco mais de duas horas e meia, a vida de Jesus de seu nascimento até a morte e a ressurreição.
Quase duas horas mais longo, “A Maior História de Todos os Tempos”(1965) também tem a grife de um diretor reconhecido, George Stevens (“Assim Caminha a Humanidade” e “Os Brutos Também Amam”).
Também uma superprodução, teve orçamento de US$ 25 milhões na época, ficando atrás apenas de “Cleópatra” (1963). Assim como “Rei dos Reis”, abrange toda a história de Jesus.
No elenco estelar estão Max von Sydon, Charlon Heston, Sidney Poitier e John Wayne. O longa foi indicado a cinco Oscar: cinematografia, direção de arte, figurino, efeitos visuais e trilha sonora.
Nos anos 1980, o diretor Martin Scorsese apresentou sua versão de Jesus em “A Última Tentação de Cristo” (1988). O filme é baseado no livro de mesmo nome do escritor grego Nikos Kazantzakis, um dos autores do roteiro.
O Cristo de Scorsese hesita em seguir sua vocação, questiona se realmente é o filho de Deus, testa sua fé. A última tentação do título acontece no momento da crucificação, quando há uma nova versão do que se passou com Jesus.
Na época do lançamento, o longa foi atacado por grupos cristãos por sua interpretação dos momentos finais de Jesus. Em São Paulo, o então prefeito Jânio Quadros proibiu sua exibição nos cinemas.
O filme foi liberado em 1989, quando Quadros não estava mais no cargo. É um grande momento do católico Scorsese, e traz um Cristo mais humano, mas que não deixa de seguir seu destino.
ONDE VER
(preços e disponibilidade pesquisados no dia 1 de abril)
REI DOS REIS (1961), de Nicholas Ray
Apple TV: R$ 7,90 (aluguel) e R$ 19,90 (compra; Google Play: R$ 4,90 (aluguel) e R$ 29,90 (compra); Old Flix: grátis para assinantes; Looke: R$ 7,99 (aluguel)
A MAIOR HISTÓRIA DE TODOS OS TEMPOS (1965), de George Stevens
Apple TV: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra)
A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO (1988), de Martin Scorsese
Apple TV: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 29,90 (compra); Google Play: R$ 9,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra); Looke: R$ 58,99 (compra); Claro Video: R$ 6,90 (aluguel); NOW: grátis para assinantes
Clássico do cinema mudo retrata martírio de Joana D'Arc
A fé inabalável da padroeira da França guia “A Paixão de Joana D’Arc” (1928), clássico do cinema mudo dirigido pelo cineasta dinamarquês Carl Theodor Dreyer.
Para retratar o martírio da jovem, o diretor se baseou em documentos do julgamento de Joana em terras francesas sob domínio inglês, durante a Guerra dos Cem Anos, em 1431. Diante do tribunal, a jovem é acusada de heresia, torturada e humilhada. Mas afirma e reafirma sua fé. Acaba condenada à morte na fogueira.
No filme, Dreyer usa closes tanto para mostrar o sofrimento de Joana, vivida pela atriz Maria Falconetti, quanto para retratar o desprezo e a brutalidade de seus acusadores. Para dar mais realidade às interpretações, os atores não usaram maquiagem, comum na era do cinema mudo.
A sequência final, em que o diretor, na montagem, alterna Joana na fogueira e o povo chorando por ela, é impressionante.
O processo de Joana foi revisto em 1456, e ela foi considerada inocente pelo papa Calisto 3. Em 1920, foi santificada, tornando-se padroeira dos franceses.
ONDE VER
(preços e disponibilidade pesquisados em 1 de abril)
A PAIXÃO DE JOANA D’ARC (1928), de Carl Dreyer
Telecine Play: grátis para assinantes; Belas Artes à La Carte: grátis para assinantes
São Francisco inspira diretores italianos
A vida de são Francisco de Assis, o santo dos pobres e padroeiro dos animais e da natureza, inspirou filmes de dois cineastas italianos, Roberto Rossellini e Franco Zeffirelli.
Em “Francisco, Arauto de Deus” (1950), Rossellini, um dos principais nomes do neorealismo italiano, retrata são Francisco após receber o aval do Vaticano para criar sua ordem ao lado de seus discípulos.
O roteiro, de Rossellini e do diretor Federico Fellini, é dividido em 12 passagens do santo, incluindo a consagração de irmã Clara. Há momentos de devoção, mas também de humor, sempre protagonizados pelo monge Ginepro.
No filme, são Francisco e seus seguidores foram interpretados por monges do mosteiro da cidade de Nocera Inferiore, da região de Campania. Após as filmagens, Rossellini queria doar algo aos religiosos. Eles pediram, então, fogos de artifício, e o diretor providenciou uma grande festa iluminada para a localidade.
Já em “Irmão Sol, Irmã Lua” (1972), Zeffirelli narra a transformação de Francisco, filho de um rico comerciante de Assis, em religioso. Ele volta da guerra doente e, após se recuperar, vai renunciando pouco a pouco ao que dava importância anteriormente: suas roupas, suas posses, a riqueza da família.
Logo arregimenta seguidores, entre eles, Clara, que como Francisco fazem voto de pobreza, e passa a incomodar poderosos com seu discurso que condena a ostentação.
ONDE VER
(preços e disponibilidade pesquisados em 1 de abril)
IRMÃO SOL IRMÃ LUA (1972), de Franco Zeffirelli
Apple TV: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra); Microsoft Store: R$ 5,90 (aluguel) e R$ 23,90 (compra)
FRANCISCO, ARAUTO DE DEUS (1950), de Roberto Rossellini
Looke: grátis para assinantes; NetMovies: grátis