Capital paulista confirma oito casos da variante delta do coronavírus
Maioria dos pacientes identificados mora na zona leste da cidade de São Paulo; transmissão local já havia sido confirmada
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A Prefeitura de São Paulo confirmou nesta terça-feira (20) que já são oito casos da variante delta do novo coronavírus na capital. O primeiro deles foi registrado oficialmente no dia 7 de julho no Belenzinho (zona leste).
Ao todo, são mais quatro casos na região da Mooca e de Aricanduva (zona leste), e dois na Vila Guilherme (zona norte) confirmados pelo instituto Butantã. Há também uma pessoa que não teve a região de moradia revelada e que está internada em um hospital particular. A informação foi dada na manhã desta terça-feira (20) pelo secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, durante entrevista coletiva para anúncio da ampliação do ensino presencial nas escolas mantidas pela prefeitura.
A prefeitura já havia confirmado na semana passada a transmissão comunitária da variante identificada pela primeira vez na Índia, a partir do monitoramento de 40 pessoas do círculo de convivência do primeiro caso, um homem de 45 anos.
“Identificamos 60 testes positivos [que foram rastreados] das regiões da Mooca, Belenzinho e Aricanduva provenientes da última semana epidemiológica e confirmamos nesta manhã mais [terça] quatro casos [variante delta] nessa região {zona leste]. O instituto Butantan confirmou mais dois casos na Vila Guilherme e, finalmente, um último caso de uma pessoa que está internada em um hospital na cidade de São Paulo”, afirmou o secretário de Saúde Edson Aparecido, da gestão Ricardo Nunes (MDB).
No dia 19 de junho, um homem de 45 anos procurou a UBS Belenzinho com sintomas sintomas de Covid-19 —a doença foi confirmada dois dias depois. Ele relatou que trabalha em sistema de home office, que não viajou e que não teve contato com outras pessoas que possam ter viajado.
Sua mulher, entretanto, que também ficou doente, mas sem a confirmação da variante, trabalha com contado com público. Além dos dois, o enteado de 26 anos e o filho do casal, de 9 anos, ficaram em quarentena. A partir do monitoramento da família e de cerca de 30 pessoas foi confirmada a transmissão comunitária.
A Secretaria Municipal da Saúde afirmou que envia para sequenciamento genético 250 amostras por semana epidemiológica ao Instituto Butantan. Outras 300 vão para estudo de variantes nos institutos Adolfo Lutz e de Medicina Tropical da USP, com o objetivo de identificar as cepas em circulação no município.
Por causa da variante, a secretaria instalou barreiras sanitárias nos terminais rodoviários da capital e no aeroporto de Congonhas (zona sul) para monitorar passageiros que chegam à cidade.
A variante delta do coronavírus Sars-CoV-2 (anteriormente chamada de B.1.617.2) foi primeiramente identificada na Índia em outubro de 2020 e é apontada como a principal responsável pelo surto de Covid-19 que atingiu o país asiático no início deste ano, sobrecarregando os sistemas de saúde e levando caos ao sistema funerário.
Até o início de julho, a variante já havia se espalhado por 98 países, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), independentemente das taxas de vacinação da população dessas nações. Cientistas do mundo todo vêm apontando que a delta é a variante que gera maior preocupação até o momento.
Especialistas alertam que a transmissão comunitária é um indicativo de que a cepa já está circulando na cidade de São Paulo, e pode provocar um aumento no número de casos.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que até esta terça 122 casos da variante delta foram identificados e notificados em todo o país.
Os primeiros seis foram notificados em maio, em uma embarcação ancorada na costa do Maranhão. Depois, um, em Minas Gerais; 13, no Paraná; dois, em Goiás; três em São Paulo; dois em Pernambuco; 87 no Rio de Janeiro; cinco em Santa Catarina; e três, no Rio Grande do Sul.
Ao todo, foram cinco óbitos confirmados, sendo um no Maranhão e quatro, no Paraná. Nesse balanço não consta a inclusão de cinco novos casos identificados na capital paulista.
Vacina
Segundo o site Vacina Já —plataforma do governo do estado que atualiza a cobertura vacinal em São Paulo— , a capital já havia aplicado 8.844.586 doses da vacina contra a Covid-19, sendo 6.472.396 referentes à primeira dose; 2.067.176, segunda dose; e 305.014, dose única.
“Até segunda-feira (19), 72,6% do público-alvo elegível foram vacinados. Com o comparecimento em massa da população acima de 30 anos até sexta-feira, a cidade pode alcançar a marca de 84,1% de vacinados”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes (MDB), na mesma entrevista coletiva.
Nesta terça, a capital vacina pessoas de 33 anos de idade. Na quarta (21) é a vez de quem tem 32, na quinta será vacinado quem tem 31 e na sexta, quem tem 30 anos. No sábado há uma repescagem para pessoas de 30 a 34 anos. A meta é vacinar cerca de 740 mil moradores na cidade de São Paulo nesta semana.
Para tomar a vacina é preciso levar documento de identificação e comprovante de endereço. Veja aqui a liste de postos de imunização.