Voltaire de Souza: O ouro é do Brasil

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Voltaire de Souza

Ânimo. Esperança. Determinação.
São as Olimpíadas de Tóquio.
Em Brasília, o general Perácio centralizava as operações.
—O Brasil precisa de uma injeção de ânimo.
Era grande a sua confiança no país.
—Vamos arrasar nessa Olimpíada.
O assessor Guarany examinava as planilhas.
—Positivo, general.
—Mas como conseguir isso? Qual a estratégia? A tática? O plano de ação?
—Bom, general… no futebol, quem sabe…
—Estou falando de uma ação coordenada. Estratégica, pô.
—Ah. Positivo, general.
—Você está com as planilhas aí?
—Positivo, general.
—E o mapa dos alojamentos?
—Positivo, general.
A palavra mágica era música para os ouvidos de Perácio.
—Positivo… isso mesmo.
A ordem veio com clareza.
—Nossos atletas têm uma missão.
—Positivo, general.
—Simples. Prática. E eficiente.
Guarany ficou escutando.
—Vamos contaminar todo mundo.
—Até os chineses?
—São os que mais merecem, Guarany.
Perácio se levantou da poltrona com solenidade.
—Deixar todos os adversários de cama.
A decisão foi rápida.
—Põe o Pazuello na delegação.
Olimpíadas são sempre um desafio.
Mas, para algumas medalhas, o Brasil é favorito.

Medalha de ouro - Pexels

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