Cidade de São Paulo já conta com 93 casos da variante delta

Cepa considerada mais transmissível foi detectada em todas as regiões da capital paulista, segundo Secretaria Municipal da Saúde

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São Paulo

A cidade de São Paulo já conta com 93 casos da variante delta do novo coronavírus, segundo informou a Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, na noite desta terça-feira (10).

De acordo o órgão da gestão Ricardo Nunes (MDB), a confirmação dos casos foi feita pelo Instituto Butantan. Na última quarta-feira (4) eram 50 casos confirmados. E, segundo a secretaria, estão espalhados por todas as regiões da capital.

De 40 casos analisados, dos 93 infectados, três pessoas estão com o ciclo vacinal completo, enquanto outras 14 tomaram apenas uma dose.

Segundo os dados da secretaria, sete pacientes são menores de 18 anos e não foram imunizados.

"Oito ainda não foram vacinados porque ainda não estão entre o público elegível e outros oito não possuem registro no VaciVida [cadastro da prefeitura]", diz a pasta, em nota.

"Apesar da presença da variante na cidade, dados preliminares apontam que o número de casos não apresentou curva de crescimento na última semana, momento em que a vacinação avança na cidade. Nesta terça-feira (10), 90% do público elegível, maior de 18 anos, recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Outros 37% estão com a condição vacinal", afirma nota da secretaria.

Conforme informou a pasta, a vigilância é feita por amostragem, com análise de amostras coletadas em todas as regiões, com o intuito de saber a distribuição percentual de quais variantes estão circulando na cidade ao longo do tempo.

O QUE MUDA COM A VARIANTE DELTA DO CORONAVÍRUS

Além do Instituto Butantan, a secretaria também mantém parceria com o Instituto de Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) e possui a vigilância do laboratório estadual do Instituto Adolfo Lutz.

Semanalmente, cerca de 600 amostras são enviadas aos respectivos laboratórios. O objetivo do trabalho é identificar quais cepas circulam pela cidade. A ação com os laboratórios foi iniciada em abril de 2021.

O primeiro caso da variante delta no município foi confirmado em 7 de julho. O paciente é um homem de 45 anos que mora no Belenzinho (zona leste) e que, segundo ele, trabalha em casa e não teve contato com pessoas que voltaram de viagem.

Após monitorar cerca de 40 pessoas que tiveram contato com a família do infectado, a secretaria concluiu que já havia transmissão comunitária na cidade da cepa.

Por causa da variante, a secretaria instalou barreiras sanitárias nos terminais rodoviários da capital e no aeroporto de Congonhas (zona sul) para monitorar passageiros que chegam à cidade.

A variante delta do coronavírus Sars-CoV-2 (anteriormente chamada de B.1.617.2) foi primeiramente identificada na Índia em outubro de 2020 e é apontada como a principal responsável pelo surto de Covid-19 que atingiu o país asiático no início deste ano.

Segundo novo relatório epidemiológico da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) divulgado no dia 8 deste mês, a variante delta já representa quase 90% das amostras do vírus sequenciadas no mundo, segundo novo relatório epidemiológico da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) divulgado neste domingo (8).

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