Os três primeiros meses do ano trouxeram uma boa notícia para a trágica insegurança pública do país: a redução no número de mortes violentas.
Levantamento realizado pela Folha de S.Paulo em 20 estados e no Distrito Federal aponta que houve menos homicídios, roubos seguidos de mortes e lesões com o mesmo resultado.
Os números não levam em conta as vítimas de ações policiais, mas trazem esperança a um dos países onde mais se mata no mundo.
Esse recuo, na verdade, já tinha começado no ano passado, após uma explosão de 63,9 mil mortes registradas em 2017 —aqui contabilizados todos os estados e também os mortos pela polícia.
Ainda não está muito claro o que provocou essa mudança, mas sem dúvida é um avanço em uma área que preocupa demais os brasileiros e que ganhou destaque na campanha eleitoral do ano passado.
Como essa queda já vinha dos tempos de Michel Temer (MDB), seria precipitado dar o crédito à chegada ao poder do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e de governadores que prometeram endurecer a repressão à violência.
Por enquanto, o governo federal apenas apresentou um polêmico pacote anticrime, em análise no Congresso.
A má notícia nessa história é que, em alguns estados, a polícia está matando mais. Em São Paulo, por exemplo, as mortes neste primeiro trimestre pularam de 197 para 213.
O mais importante agora, porém, é detectar com precisão o que de fato vem reduzindo os homicídios no país. Políticas eficientes para conter a violência precisam ser aplicadas o mais rapidamente possível.
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