Sossego aos pedestres

Andar a pé com tranquilidade parece mesmo um sonho distante para a maioria dos paulistanos. Seja ao desviar dos buracos nas calçadas ou de motoristas imprudentes nas ruas, o pedestre vive sob constante ameaça.

Pista de caminhada da avenida Brás Leme (zona norte) tem trechos quebrados e com mato alto - Rivaldo Gomes - 13.jun.19/Folhapress

A situação não é muito diferente nas pistas de caminhada e corrida espalhadas pela capital --nos últimos tempos, elas ganham cada vez mais adeptos.

Cinco anos após encontrar uma série de problemas, o Vigilante Agora voltou às pistas da capital. Quase nada mudou.

Grande parte dos espaços municipais apresenta condições irregulares, com rachaduras, buracos, obstáculos e desníveis no concreto. Sem falar do mato alto e da falta de sinalização.

A pista de caminhada na avenida Nagib Farah Maluf, em Itaquera (zona leste), é um exemplo do abandono. O mato invade vários trechos, há lixo espalhado e não existe sinalização para as travessias. Até mesmo moradores de rua --com barraca de lona plástica e casinha de cachorro-- dividem o espaço.

A falta de uma delimitação mais clara entre as áreas reservadas para pedestres e ciclistas também provoca confusão. Na praça linear Dr. Vitorino Castelo Branco, no Jabaquara (zona sul), algumas trombadas são frequentes.

A gestão Bruno Covas (PSDB) diz que triplicou o orçamento para intervenções em zeladoria, o que "inclui pistas de caminhada e canteiros". Os problemas apontados pela reportagem também serão solucionados, promete a prefeitura.

Pistas e calçadas decentes são uma questão de saúde pública: entre idosos, por exemplo, quedas são comuns e podem provocar fraturas graves e até a morte. Já passou da hora de os pedestres serem tratados com mais respeito.

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