Quem é quem na política

Embora seja muito cedo para imaginar a sucessão presidencial de 2022, uma pesquisa Datafolha sobre a confiança dos brasileiros em lideranças e potenciais candidatos fornece informações sobre o novo cenário da política nacional.

O instituto pediu aos eleitores que dessem notas de 0 a 10 a cada nome. Os números mostram que, decorrido um ano do governo Jair Bolsonaro, nomes tradicionais do quadro partidário permanecem em baixa.

Apenas 11% atribuem notas elevadas (9 e 10) a Ciro Gomes (PDT), velho conhecido de disputas pelo Planalto, assim como Marina Silva (Rede), que marca 9%.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) obtém 10%. Ainda mais fraca é a credibilidade do governador de São Paulo, João Doria, que em tese está à frente da renovação tucana e só mereceu louvor de 7% dos entrevistados.

Caso à parte entre os líderes estabelecidos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém o reconhecimento de 30% dos eleitores, graças, em especial, à sua influência no Nordeste, onde recebe 49%. Mas Lula, como se sabe, está enrolado na Justiça e hoje nem pode ser candidato.

Entre os emergentes, o apresentador de TV Luciano Huck pontua bem, com 21% no país, 28% no Nordeste e nota média de 5,1 (a de Lula é 5).

No governo desponta o ministro Sergio Moro, da Justiça, que conta com a elevada confiança de 33% dos pesquisados, bem superior aos 22% do presidente.

Se parecem claras as ambições políticas do ex-juiz da Lava Jato, uma candidatura presidencial em 2022 teria de passar por um rompimento com o Planalto. Não é à toa que Bolsonaro já tenha citado Moro como um possível vice na chapa para a tentativa de reeleição.

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