O sonho de o Brasil se tornar uma potência olímpica ainda está muito longe de acontecer. Em alguns esportes, até que o país pode ser considerado protagonista, como no vôlei, no judô e no iatismo. No entanto, quando se fala em desempenho geral da delegação, ainda ficamos muito abaixo do nosso potencial.
Justamente por isso, os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, que tem a Cerimônia de Abertura nesta sexta-feira (26), é o grande evento para o esporte brasileiro. Em primeiro lugar porque nossos rivais continentais não possuem o mesmo poderio dos europeus, por exemplo. Apenas EUA e Canadá, e agora um pouco menos Cuba, possuem tradição de conquistar muitas medalhas no Pan.
E é por isso que a competição no Peru está sendo encarada como a maior chance de o Brasil assumir o segundo lugar no quadro geral de medalhas, atrás apenas dos inalcançáveis EUA.
Isso só aconteceu uma vez, nos Jogos de 1963, realizados em São Paulo. Em 2007, no Rio de Janeiro, o país ficou em terceiro, apenas sete medalhas de ouro atrás de Cuba. Nos Jogos seguintes --Guadalajara-11 e Toronto-15--, novamente terminou em terceiro.
Apesar de o discurso do COB (Comitê Olímpico do Brasil) ser de usar o Pan para definir vagas na Olimpíada de Tóquio-2020, sem pressão por medalhas, a expectativa geral dos atletas é subir no lugar mais alto do pódio para ter seu momento de glória eternizado.
A delegação nacional em Lima é de 485 atletas, sendo 249 homens e 236 mulheres. Desse grupo, podemos destacar alguns favoritos à medalha de ouro, como Isaquias Queiroz na canoagem, Hugo Calderano no tênis de mesa, Ana Marcela Cunha na maratona aquática, a seleção feminina de handebol e as equipes de judô, natação, iatismo, atletismo e ginástica, que devem somar muitas medalhas. Na verdade, quase todos os atletas têm condições de ir ao pódio.
O país não terá representantes no futebol e no basquete masculino. Mesmo assim, a expectativa é de ótimo desempenho geral.
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