O sonho de subir ao pódio em Olimpíadas e Mundiais é o que move a maioria dos atletas, independentemente da nacionalidade. Por isso, muitas vezes, é preciso tomar decisões difíceis para que a carreira não chegue ao fim precocemente.
Foi uma decisão desse tipo que levou a esgrimista Nathalie Moellhausen a conquistar a inédita medalha de ouro na prova de espada do Mundial de Budapeste, nesta quinta (18).
Nascida em Milão (ITA), mas com cidadania brasileira por causa da mãe Valéria, Nathalie entrou para a seleção italiana de esgrima aos 15 anos. Desde então, em uma das escolas mais tradicionais do esporte no mundo, ela se desenvolveu como atleta e chegou a conquistar três medalhas em Mundiais: bronze individual na espada e ouro e bronze por equipes.
No entanto, ela ficou fora da seleção italiana nos Jogos de Londres, em 2012. Em vez de desistir, ela se ofereceu para defender as cores da bandeira brasileira. Como os Jogos do Rio-2016 estavam a caminho, seria a fome com a vontade de comer.
Mais que aceita na equipe canarinho, ela passou a ser espelho para os mais jovens. No Rio, chegou às quartas de final, ficando a uma vitória da medalha. Mas foi em Budapeste que ela deu a volta por cima e subiu no degrau mais alto do pódio, onde se desmanchou em lágrimas de alegria e êxtase.
Nunca antes o Brasil havia conquistado uma medalha em torneio de alto nível na esgrima. E a primeira foi logo a dourada!
Como os sonhos nunca acabam, Nathalie já mira a disputa da Olimpíada de Tóquio, no ano que vem. Força de vontade para repetir o êxito do mundial não faltará, assim como a vibração da torcida brasileira.
Não poderia deixar de exaltar também a conquista de Ana Marcela Cunha, que conquistou sua quarta medalha de ouro em Mundiais de maratonas aquáticas. Após chegar em quinto na prova de 10km, ela venceu os 5km e na noite desta quinta ainda disputaria os 25km. Uma superatleta!
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