Descrição de chapéu Opinião

Claudinei Queiroz: Coco, a menina prodígio do tênis

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

De tempos em tempos, o mundo se surpreende com um garoto ou uma garota que desponta como promessa de determinado esporte. Normalmente, eles se desenvolvem para dominar a modalidade que disputam, como ocorreu com o nadador americano Michael Phelps, a tenista suíça Martina Hingis e a ginasta romena Nadia Comaneci.

O nome do momento é a tenista americana Cori Gauff, de 15 anos, conhecida como Coco. Após receber um convite da organização do Torneio de Wimbledon, na tradicional grama do All England and Cricket Club, em Londres (ING), ela superou três tenistas no qualificatório para chegar à chave principal do Grand Slam.

Coco Gauff (à direita), de 15 anos, cumprimenta a ídolo e supercampeã Venus Williams após derrotá-la na primeira rodada do Torneio de Wimbledon
Coco Gauff (à direita), de 15 anos, cumprimenta a ídolo e supercampeã Venus Williams após derrotá-la na primeira rodada do Torneio de Wimbledon - Ben Stansall - 1º.jul.19/AFP

Até aí já seria um feito e tanto. Porém, ela chocou o mundo do tênis ao despachar na primeira rodada a supercampeã Venus William, sua compatriota e abertamente sua ídolo e dona de cinco títulos de Grand Slam, sendo cinco em Wimbledon.

O que mais chama a atenção da adolescente, negra de 1,76 m de altura, é a semelhança física e técnica com Venus, combinando força física com um grande poder mental em quadra.

Apesar da pouca idade, ela já é bem conhecida na modalidade pelos seus resultados nos torneios juvenis e juniores. Ano passado, por exemplo, aos 14 anos, ela foi campeã do Torneio de Roland Garros, chegou às quartas de final em Wimbledon e terminou o ano com o troféu do tradicional Orange Bowl.

Para mostrar que a vitória sobre Venus não foi por sorte, nesta quarta (3) ela bateu a eslovaca Magdalena Rybarikova (139ª do mundo), semifinalista na grama londrina em 2017, por duplo 6-3, para chegar à terceira rodada. Como afirmou Venus após sua derrota, o céu o limite para Coco Gauff. 

Wimbledon não chegou ao fim, mas, independentemente do resultado que ela obtiver, não demorará muito para ela começar a conquistar títulos mundo afora.

Também vale destacar a participação da brasileira Bia Haddad em Wimbledon. Após também passar pelo qualificatório, ela bateu na primeira rodada da chave principal a espanhola Garbiñe Muguruza, campeã do torneio em 2017, cabeça de chave 27 e ex-número 1 do mundo. 

Pena que ela caiu logo na rodada seguinte para a britânica Harriet Dart (182ª do mundo) quando tinha mais chance de vencer. O nervosismo é a grande trava de Bia, principalmente, quando ela joga com certo favoritismo. Ela já demonstrou que tem técnica para superar rivais mais bem ranqueadas, mas sua cabeça ainda precisa se acostumar a isso. Tomara que ela consiga o quanto antes.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.