Foram vaias tímidas quando o juiz Raphael Claus apitou o final da partida. Esse foi o primeiro recado da torcida santista, que viu um time pouco inspirado no empate, sem gols, do Peixe contra o Red Bull Bragantino, nesta quinta-feira (23), na Vila Belmiro.

Os torcedores saíram frustrados na estreia do técnico português Jesualdo Ferreira, que tem um estilo completamente diferente do seu antecessor, o argentino Jorge Sampaoli, tanto no temperamento quanto na maneira de armar a equipe em campo.

Quem viu o Peixe de 2019 sendo agressivo, com controle da posse de bola, de preferência sem dar chutões, infiltrações e lances coletivos, a versão 2020 começou na força física do que na técnica, ligação direta e sem inspiração na criatividade do meio para o ataque.

Para complicar, o visitante, principalmente na primeira etapa, preferiu jogar na retranca e enervou os santistas com um repertório de faltas. Tanto que o volante uruguaio Carlos Sánchez perdeu a paciência com o jogo brusco, reclamou demais e foi punido com o cartão amarelo.

Na etapa final, o nervosismo do Peixe contagiou os torcedores. A cada lance mal executado aumentava a chiadeira. O lateral Felipe Jonatan foi o mais criticado.

Ao perder a desorganização tática e ficar totalmente dominado pela marcação do adversário, o Peixe deu o que o Bragantino queria para ficar mais à vontade.

A derrota só não foi consumada porque o goleiro Everson salvou cara a cara , aos 20min, a conclusão no chute do atacante Ytalo. 

O avante, aos 25min, ficou novamente frente a frente com o arqueiro, deu um belo toque por cobertura, mas a bola bateu no travessão e voltou para a pequena área.

As trocas de Jesualdo só pioraram o rendimento, e o Santos não teve forças para incomodar o oponente.

Apesar do empate, o Santos é líder isolado do Grupo A do Paulista. Isso porque Água Santa, Oeste e Ponte Preta foram derrotados nesta primeira rodada.