Assaltos na redondeza levantaram suspeitas, logo acusaram a favela para variar... Alô, povão, agora é fé! Com mais de 1,1 milhão de infectados e mais de 51 mil mortes provocadas pela pandemia qualificada por "gripezinha" pelo lunático Bolsonaro (o pai do 01 Flávio e parça do Queiroz e do Frederico Wassef), eu me recuso a falar da volta do futebol.
E olha que estou morrendo de saudade da bola!
Mas, aparentemente, parte da PM-SP está sentindo ainda mais falta daquele contato tête-à-tête cheio de pegada com os torcedores nos estádios.
Verdade que a parcela fardada sádica que gosta de descer o cassetete têm matado a saudade do futebol em manifestações democráticas de torcedores antirracistas e antifascistas. Ao contrário, registre-se, do que tem acontecido em manifestações criminosas e anticonstitucionais que pedem a volta do "AI-5", "intervenção militar", "fechamento do STF", onde até posam para selfies.
Antes de frequentar tribunas de imprensa, passei minha vida na arquibancada, onde ainda vou, e presenciei dezenas —talvez centenas— de "casos isolados", em que bateram primeiro e perguntaram depois! Espero que cidadãos de bem (torcedores e jornalistas de sofá inclusos), que se apressam em criticar a torcida, repensem o preconceito e as análises-clichês: tem gente descobrindo que pretos e pobres, à torcedor de futebol, apanham e são torturados! Parte, mesmo vendo, continua mugindo e aplaudindo.Tem torcedor violento e bandido? Muitos! Que sejam todos presos e, no limite da lei, punidos. Ao menos, não pago o salário deles com meus impostos!
Jaçanã, Vila Clara, Americanópolis, Vila Leopoldina, Barueri, Carapicuíba... Alô, (Bolso)Doria, onde será o "caso isolado" de hoje de banditismo, sadismo e violência explícitos da PM contra preto pobre periférico? Sobre as câmeras que serão colocadas nos uniformes, só espero que não captem material que lembram a sequência final do épico filme "Carandiru", de Hector Babenco.
Eduardo Galeano: "A Justiça é como uma serpente, só morde os pés descalços".
Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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