Ê, ô, ô, vida de gado, povo marcado, ê, povo feliz... Alô, povão, agora é fé! Embora estejamos vivendo anos terríveis e autoritários à 1964, com lampejos perigosos e tenebrosos à 1968, com pitacos constrangedores de 1904 (o ano da Revolta da Vacina), nós, sobreviventes da "gripezinha", já vivemos em 2021.
Verdade que é Ano Novo, 2021 no calendário, mas não na temporada do futebol.
Desportivamente, estamos vivendo ainda a reta final de 2020, com as finais da Copa do Brasil, as semifinais e finais da Libertadores e as últimas 11 rodadas (além dos confrontos adiados) do interminável Campeonato Brasileiro de pontozzz corridozzz ainda por serem jogadas. E, caso Palmeiras ou Santos vençam a Libertadores e, pois, disputem o Mundial de Clubes, ninguém sabe quando o Brasileirão vai acabar, se é que vai acabar, como vai acabar...
Na Série Baba, muita gente ainda está na briga para fazer companhia a Chapecoense e América-MG no acesso, mas o Cruzeiro de Felipão não faz parte deste (nada seleto, ainda que numeroso) grupo.
Independentemente da torcida e da preferência clubística de cada um, desejo, verdadeiramente, um 2021 com menos ignorância, estupidez e negacionismo acéfalo! E, desportivamente, também sonho com um ano mais justo, humano e emocionante dentro dos campos, quadras, tatames, piscinas, pistas... E, seja lá em qual modalidade, não há emoção possível sem público! A alma do esporte é a torcida!
Ainda que com atraso provocado pelo desgoverno negacionista presidido por um lunático que mostra caixa de cloroquina para uma ema, que a vacina seja colocada à disposição de todos os brasileiros e que a vida, inclusive a do torcedor, volte ao normal e que dê tempo de as torcidas campeãs fazerem a festa na Libertadores, no Brasileiro e na Copa do Brasil!
Feliz 2021 a todos!
Umberto Eco: "Alguém que é feliz a vida toda é um cretino. Por isso, antes de ser feliz, prefiro ser inquieto".
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. é tudo nosso! É nóis na banca! E no agora.com.br!
VARtebol
Não faltaram coisas ruins no futebol no ano marcado pela pandemia, mas a pior delas foi a consagração do VARTebol, a antítese do futebol, jogo pós-moderno patético que assassina a alma do velho esporte bretão ao abortar o grito de gol. E, pior dos mundos, a tecnologia nem sequer trouxe justiça ao jogo nem credibilidade ao apito.
Gatito Fernández
Os grandes craques do mundo têm uma missão (quase) impossível em 2021: fazer algo tão relevante, belo e fundamental para o futebol quanto o bico dado por Gatito Fernández na cabine do lixo do VAR. Para o azar do goleiro, o pontapé no Engenhão foi flagrado pelas câmeras. Se fosse em um ponto cego do Allianz...
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