A disputa entre funcionários e Correios terminou na quarta-feira, com a decisão final do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que determinou o pagamento de reajuste de 3% nos salários, além de manutenção das cláusulas sociais do acordo coletivo.
O plano de saúde, ponto de discórdia entre as partes, será mantido, mas os pais de funcionários serão excluídos. Somente os que estiverem passando por algum tratamento ainda seguirão com a cobertura, mas, uma vez que termine, também deixarão o grupo.
A greve também não foi considerada abusiva, mas os Correios poderão descontar os dias parados. Isso será feito em três parcelas mensais. O dissídio julgado na quarta-feira valerá desde 1º de agosto deste ano até 31 de julho de 2021.
O cálculo da mensalidade do plano de saúde passa a considerar o salário bruto fixo do trabalhador e, portanto, não considera horas extras, 13º e substituições. O valor das mensalidades não poderá ultrapassar 10% da remuneração. Esse cálculo vinha considerando o valor total da remuneração.
Os empregados dos Correios pretendiam manter pais e mães enquadrados como dependentes do plano de saúde, mas a maioria dos ministros decidiu que eles podem ser excluídos da concessão do benefícios, como queria a empresa.
A Fentect (federação dos trabalhadores) considerou a manutenção das cláusulas sociais estratégica na luta contra a privatização da empresa pública.
Os Correios informaram, em nota, que cumprirão integralmente a decisão, mas "alertam para a delicada situação financeira da empresa, que já acumula um prejuízo de aproximadamente R$ 3 bilhões.
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