Confira como votou cada deputado na reforma da Previdência de SP

59 votaram a favor e 32 contra as novas regras para os servidores do estado

Laísa Dall'Agnol Ana Paula Branco Luciana Lazarini

São Paulo

Deputados da Alesp (Assembleia Legislativa de SP) aprovaram, por 59 votos a favor e 32 contra, o texto-base da reforma da Previdência dos servidores do estado no início da tarde desta terça (3).

A reforma eleva a idade mínima para aposentadoria no estado de SP, muda a fórmula de cálculo, aumenta a contribuição previdenciária de 11% para 14%, limita o acúmulo de benefícios e modifica regras da pensão por morte.

Com a medida, o governo de São Paulo espera uma economia aos cofres públicos de R$ 32 bilhões em 10 anos.

O placar teve dois votos a mais do que a na primeira votação, há quase duas semanas. Dois deputados que estavam ausentes na primeira sessão e presentes nesta terça votaram a favor da reforma da Previdência estadual: Reinaldo Alguz (PV) e Alexandre Pereira (Solidariedade).

A votação do texto em primeiro turno ocorreu na sessão extraordinária das 19h do dia 18 de fevereiro. A proposta recebeu 57 votos favoráveis e 31 contrários. Ao todo, 88 (dos 94 deputados) estiveram presentes na sessão. Por se tratar de uma PEC, a medida precisava de exatos 57 votos. A segunda votação também precisava receber 57 deputados a favor para a aprovação.

A segunda etapa deveria ter acontecido no dia seguinte, mas a sessão foi cancelada após novas brigas e agressões entre deputados. O horário da sessão provocou indignação de deputados e servidores. A expectativa era de que o expediente começasse apenas à tarde ou à noite, como ocorre normalmente.

A segunda votação da reforma da Previdência no plenário da Assembleia Legislativa foi marcada por confusão e quebra-quebra nos corredores, além da ação da Tropa de Choque com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo do lado de fora da Assembleia.

Veja vídeo:

Parlamentares ouvidos pelo Agora disseram que a decisão sobre as extraordinárias do dia ocorre no colégio de líderes, realizado às terças-feiras. Segundo eles, como já havia sido deliberado antes do Carnaval que a votação ocorreria nesta terça, a discussão pelas lideranças não é necessária.

Em nota, a Comunicação da Alesp disse que, de acordo com o regimento interno da Casa, é prerrogativa do presidente convocar sessões extraordinárias, o que foi feito "publicamente em plenário na tarde desta segunda-feira (2)".