O psicólogo Sergio Luis Ferreira, 52 anos, diz que tenta receber a aposentadoria por tempo de contribuição do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) desde o ano passado.
“Tenho 37 anos de contribuição, tentando comprovar 35 anos, mas a cada pedido que faço, o INSS contabiliza um tempo menor. Não tem sentido isso”, diz.
Sergio Luis explica que deu entrada na primeira solicitação junto ao órgão em outubro do ano passado, antes da aprovação da reforma da Previdência, e o sistema acusava 34 anos, dez meses e 13 dias.
Após o indeferimento, ele entrou novamente com pedido, em março deste ano, que também foi negado. Desta vez, com a contagem de 33 anos e quatro meses.
“Com a aprovação da reforma, em novembro, eu cairia na regra de transição dos 50%. Ou seja, eu teria de cumprir 50% a mais sobre 15 dias para atingir 35 anos. Mas como o sistema do INSS estava desatualizado, não consideravam essa conta e o cálculo, que já era prejudicial, só piorou.”
Depois dos indeferimentos, o psicólogo conta que decidiu contratar um escritório de advocacia para entrar na Justiça contra o INSS.
Ele explica que, mesmo ainda trabalhando, tem despesas da filha, como escola e convênio de saúde, e que a aposentadoria seria um bom complemento da renda mensal.
“Pelo fator previdenciário, se conseguir receber R$ 2.500 será muito, mas mesmo assim me ajudará.”
INSS concede aposentadoria retroativa
Após questionamento do Agora, o INSS concedeu a aposentadoria por tempo de contribuição do leitor. Segundo o órgão, o pagamento será retroativo a 9 de novembro de 2019.
“O senhor Sergio já tomou conhecimento da concessão no site gov.br/meuinss. Caso não concorde com o valor calculado, ele pode pedir uma revisão administrativa, também pelo Meu INSS.”
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