Descrição de chapéu Defesa do Cidadão

Cliente reclama dos juros cobrados pelo banco Itaú

Autônomo diz que usou R$ 2.200 do cheque especial, que já subiu para R$ 3.000

São Paulo

O autônomo Tiago dos Santos Nascimento, 35 anos, de Ermelino Matarazzo (zona leste), conta que, entre março e abril, precisou utilizar o limite do cheque especial de R$ 2.200.

“Compro frutas no Ceasa e revendo na rua, mas, por causa da pandemia, tive que parar de trabalhar e, consequentemente, não consegui cobrir mais o limite no banco.

O leitor explica que utiliza o empréstimo como uma espécie de capital de giro para manter o negócio. “Vou trabalhando, junto o dinheiro e vou devolvendo ao banco, mas, desde março, não trabalho. Por isso não consegui honrar o empréstimo que eu fiz”, diz.

Tiago dos Santos Nascimento reclama dos juros cobrados pelo Itaú - Arquivo Pessoal

Nascimento relata que entrou em contato com a central de atendimento do banco para solicitar uma renegociação da dívida, mas não obteve sucesso.

“Eles apenas propõem valores que não consigo pagar. Enquanto isso, os juros estão correndo. Já está em R$ 3.000. A proposta do Itaú é que eu pague 12 parcelas de R$ 400. Não tenho condições de arcar com uma despesa dessa”, queixa-se.

O leitor afirma que, até agora, recebeu apenas duas das três parcelas do auxílio emergencial de R$ 600, do governo federal.

“Tenho três filhos. Então a comida na minha casa é a prioridade. Porém, recebo todos os dias ligações e mensagens de texto do Itaú cobrando o débito. Quero pagar, porém preciso de prestações que caibam no meu bolso. Não posso sujar meu nome, pois é a única coisa que a gente tem”, afirma ao Agora.

Banco soluciona caso de leitor

O Itaú Unibanco informa, em nota enviada por sua assessoria de imprensa ao Defesa do Cidadão, que lamenta qualquer transtorno.

O banco afirma ainda que já entrou em contato com o cliente Tiago dos Santos Nascimento e diz o caso foi solucionado.

O Itaú Unibanco esclarece que continua a disposição do cliente pelos telefones (11) 4004-1144 (capitais e regiões metropolitanas) ou 0800- 4041144 (demais localidades), de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

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