O aposentado Wilson Bernardes de Souza, 64 anos, teve o benefício concedido pelo INSS em agosto de 2020, mas desconfiou de algo errado no valor.
Ao conferir o procedimento de cálculo da aposentadoria, ele descobriu que, em 18 meses, o órgão considerou as contribuições como se tivessem sido feitas pelo piso previdenciário da época, quando, na realidade, o salário dele era bem maior e, os descontos para o INSS, também.
“Em mais de 90% do meu tempo de serviço eu trabalhei como armador na construção civil. Foram cerca de 50 empresas diferentes em São Paulo, Paraná, Pará e Minas Gerais”, afirma.
Fazendo a checagem mês a mês das contribuições feitas e dos valores que o INSS incluiu no cálculo do benefício, Souza chegou à conclusão de que, de maio a dezembro do ano de 2000, o valor de referência do INSS foi o salário mínimo, mas ele pagou bem mais de contribuição à Previdência Social.
“Eu trabalhava numa metalúrgica e os recolhimentos eram feitos dentro das regras”, afirma.
Continuando a conferência do cálculo da aposentadoria, o ex-armador descobriu que, em 2001, aconteceu o mesmo do ano anterior. A sequência de erros foi de janeiro a outubro.
“Foram dez meses em 2001 e oito meses em 2000. Se confrontar os registros, qualquer pessoa percebe que está errado”, conta.
Até agora, Souza não teve resposta do órgão previdenciário. “Fui pessoalmente na agência e disseram que tinha que esperar. Ligo no 135 e não consigo uma resposta do INSS”, lamenta.
INSS pede mais documentos
O INSS afirma que analisou o pedido de revisão do segurado e que, para dar prosseguimento ao processo, o aposentado deve apresentar documentação complementar. O INSS enviou carta a Wilson Souza com essas informações.
Para apresentar os documentos, há três opções: anexar o documento pelo Meu INSS, agendar a apresentação presencial dos documentos na unidade de atendimento ou agendar a exigência expressa, que é a entrega de cópia da documentação em urna na entrada das agências.
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