A funcionária pública Andréia Lima, 43 anos, do Itaim Paulista (zona leste), espera desde o ano passado pelos atrasados do auxílio-doença do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A leitora conta que ficou internada por 40 dias e foi afastada do trabalho entre abril e junho de 2020, por isso solicitou o auxílio-doença ao INSS em setembro.
Ela recebeu R$ 1.045 (salário mínimo de 2020), que o instituto passou a pagar antecipado ao segurado que enviasse o atestado médico pelos canais remotos, mas cobra a diferença que deixou de ser quitada.
“Fiquei afastada em 2020 pelo INSS, dei a entrada para o benefício via online e, por causa da pandemia, eu recebi R$ 1.045 de auxílio-doença. Depois eles fizeram uma conta em novembro e, pelo aplicativo, vi que foi constatado que eu ia receber mais R$ 1.795”, diz.
Andréia relata que inclusive recebeu uma carta relatando esse valor, que também aparece no aplicativo. Ela chegou a abrir mais uma solicitação ao INSS, em abril deste ano, mas o pedido segue em análise.
“No dia 7 de abril, eu liguei para lá e a atendente falou que eu tinha feito o cancelamento e que deveria fazer um novo pedido como ‘não pagamento do benefício’. Eu fiz e estou acompanhando pelo aplicativo, mas está em análise e até agora nada foi alterado. Faz mais de mês que está em análise”, afirma.
Trabalhando de maneira remota desde junho do ano passado, ela diz que faz parte do grupo de risco, por ter asma, e destaca que o dinheiro faz falta.
“Quando saí da clínica, eu voltei a trabalhar, fiquei duas semanas, mas a pandemia ficou mais forte e me afastaram. Sigo trabalhando de casa e recebo meu salário, mas com pequenos descontos”, comenta.
“Mas a diferença do benefício faz falta porque aqui em casa sou eu, minha companheira e minha enteada. Minha companheira foi dispensada por causa da pandemia e só o meu dinheiro sustenta as despesas da casa”, completa.
Em 2020, com a pandemia de coronavírus, o INSS fechou as agências entre março e setembro, o que impediu a realização de perícias presenciais para a liberação do auxílio-doença. O instituto passou a pagar um adiantamento de R$ 1.045 (um salário mínimo da época) para quem enviasse atestado médico válido pelo Meu INSS.
No entanto, as diferenças a quem tivesse direito seriam pagas depois, de forma administrativa, mas havia algumas regras.
Instituto diz que liberação do valor está em processamento
Em nota, o INSS informa que a liberação do valor devido à segurada está em processamento. "A leitora pode verificar quando o valor estará disponível para recebimento no banco pelos canais remotos do INSS (site gov.br/meuinss, aplicativo de celular Meu INSS ou pelo telefone 135)."
Para acessar os serviços no portal Meu INSS, ela deve informar seus dados pessoais e criar uma senha. Depois, basta selecionar o serviço “Extrato de pagamento de benefício”.
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