O objetivo de ter motorização híbrida é reduzir o consumo de combustível e esse efeito é bem sentido quando se dirige carros de luxo, como o Lexus NX 300h, que começa em R$ 219.990.

O jipão da marca premium da Toyota usa um motor 2.5 a gasolina de 155 cv de potência, um elétrico no eixo dianteiro de 143 cv e um também elétrico no eixo traseiro, com 67 cv. A potência combinada, que nem sempre é a soma de todos, já que a distribuição não é sempre 100% de cada motor, é de 194 cv.

A tração funciona nas quatro rodas, sendo dosada em cada uma conforme a necessidade. Em terrenos escorregadios, as traseiras recebem mais força.

O desempenho não é avassalador, mas não faz feio pelo porte de carro. Há seletor de modos de condução (Normal, Eco e Sport) com uma opção 100% elétrica, recomendado para curtos trajetos em baixas velocidades.

Apenas a versão F-Sport acrescenta um quarto modo chamado Sport+, que atua juntamente com a suspensão ativa para reforçar a sensação de dirigibilidade esportiva.

Mesmo com tudo isso, é um carro que bebe pouco, ou quase o mesmo que muito carro 1.0. No teste do Agora, feito prioritariamente em cidade, a média ficou em 14 km/l de gasolina. Carros dessa categoria sem auxílio de motores elétricos dificilmente fariam mais do que 10 km/l.

O sistema híbrido do Lexus não consome energia elétrica da casa do proprietário. As baterias são recarregadas pelo próprio motor a combustão, pela perda de energia dos elétricos em desacelerações e pelos freios.

O pacote de acessórios é interessante. Tem controles de tração, estabilidade, oito airbags, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, bancos aquecidos e teto solar.

No visual, se destacam as linhas vincadas e faróis e lanternas de LED, com luzes diurnas separadas no para-choque frontal. Por dentro, se destaca o charmoso relógio analógico e o conforto dos bancos dianteiros. Em contrapartida, o excesso de botões pequenos e próximos um dos outros acaba confundindo o motorista.

Mas o Lexus fica como boa opção para quem quer um utilitário esportivo confortável e não faz questão de tecnologias como condução semi-autônoma ou motor de alto desempenho.