Fusca dá adeus sem deixar substituto

Última unidade no mundo saiu da fábrica da Volkswagen no México

São Paulo

Na última quarta-feira (10) saiu da fábrica de Puebla, no México, a última unidade do Volkswagen Fusca, já em sua terceira geração.

O último New Beetle, azul metálico, ligou seu motor e, em meio a música de mariachis, vivas e aplausos, deixou a linha de montagem para rodar alguns metros até uma plataforma de exibição, sob chuva de confetes e efeitos pirotécnicos.

Em espanhol, a frase "obrigado, Beetle" enfeitava as paredes da fábrica e dezenas de funcionários se despediam do último Fusca, em que cada um deixou sua marca. A fabricação demorou cerca de sete horas.

O New Beetle foi o herdeiro do icônico Fusca, feito no Brasil desde os anos 50 até sua primeira morte em 1986 no país.

Depois voltou em 1993 a pedido do então presidente da República, Itamar Franco. Durou até 1996. No México, na mesma fábrica de Puebla, o Fusca original viveu até 2003.

Ressurreição

A tentativa de reviver o modelo surgiu em 1997, com a segunda geração do Fusca. Ao invés de ser um popular, veio sofisticado sobre a plataforma do Golf. Para não confundir, foi chamado de New Beetle por aqui.

Em 2011, na terceira e última geração, a Volkswagen se preocupou mais em aproximar o visual do carro com o Fusca original, tanto que voltou a usar o nome.

Mas, de novo, de popular não tinha nada. Com motor 2.0 turbo de 220 cv de potência, o carro custava caro e era mais um cupê esportivo. Com baixas vendas, sua importação foi interrompida em 2017.

As vendas do New Beetle nos Estados Unidos, principal mercado de exportação de veículos fabricados no México, caíram nos últimos anos, pois o consumidor tem preferido carros maiores.

A linha de montagem dedicada ao New Beetle passa agora a produzir um modelo de SUV compacto da Volkswagen batizado como Tarek, que é esperado para o Brasil também. (com UOL)

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