Vizinhos de mulher eletrocutada dizem que problemas com fios são comuns na região

Mulher de 40 anos morreu na terça (5) ao ser atingida por um cabo de energia no Capão Redondo

São Paulo

Vizinhos da copeira Maria Aparecida Cardoso, 40 anos, disseram que a queda de energia, estouro de transformadores e fios caídos pela calçada são comuns nas ruas de Capão Redondo (zona sul).

"O que aconteceu ontem [terça-feira, 5] não foi uma fatalidade. Fio caído não é uma novidade para nós. E toda vez que chove um transformador estoura", afirmou um vizinho que preferiu não se identificar.

Maria Aparecida Cardoso, 40, morta por choque elétrico no Capão Redondo, em SP
Maria Aparecida Cardoso, 40, morta por choque elétrico no Capão Redondo, em SP - Reprodução/TV Globo

Maria Aparecida morreu eletrocutada no início da noite desta terça-feira (5) após ser atingida por fio de energia que caiu de um poste, na rua Luiz de Oliveira, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Ela estava a poucos metros de casa quando foi atingida.

Um outro morador que também não se identificou disse que no início da noite de terça-feira (5) um transformador da rua Luís de Oliveira, onde Maria Aparecida foi atingida, estourou ao menos três vezes.

"É sempre assim que. Acho que é por causa dos galhos das árvores que batem nos transformadores", disse.

Na rua da casa de Maria Aparecida um morador mostrou um emaranhado de fios em um poste perto de uma árvore.

"O que houve aqui foi uma tragédia anunciada. Foi com a Cida [Maria Aparecida] mas poderia ser com qualquer um de nós", disse outro morador que também não se identificou.

Resposta

A Enel Distribuição São Paulo, concessionária responsável pelo serviço de distribuição de energia elétrica, disse em nota que lamenta o “ocorrido na rua Luís de Oliveira na noite” de terça-feira (5). 

Sem citar o nome da copeira Maria Aparecida Cardoso, a concessionária afirmou que “ofereceu assistência à família da vítima” e que está contribuindo com as autoridades para apuração de todo o ocorrido.

A Enel não respondeu qual a assistência ofereceu à família. O zelador Antonio Marcos Cardoso, 44 anos, irmão da copeira, disse na tarde de quarta-feira (6) que a única assistência prestada foi a casa da família sem energia elétrica.

Segundo a empresa, foram realizados “reparos complementares” nesta quarta (6) para restabelecer a energia na rua União dos Movimentos, onde a copeira morava

Local onde Maria Aparecida Cardoso, de 40 anos, morreu eletrocutada no Capão Redondo, na zona sul, durante a chuva de terça (5) - Rivaldo Gomes/Folhapress

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