Kayque Pietro Ferreira da Silva, 4 anos, morreu após ser atropelado por um carro que invadiu a borracharia onde ele participava de um churrasco surpresa, pelo aniversário de uma amiga de sua mãe, por volta da 1h desta segunda-feira (13), na região de Campo Grande (zona sul da capital paulista).
Além do garoto, a prima dele de 3 anos e uma tia de 25 ficaram feridas e foram levadas por amigos e familiares para o Hospital de Pedreira, também na zona sul. A mulher já teve alta e a menina permanecia internada no local, estável e por tempo indeterminado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, gestão João Doria (PSDB).
O motorista do Volkswagen Gol prata que provocou o acidente fugiu sem prestar socorro a Kaíque e demais vítimas. Ele já foi identificado pela polícia.
O motorista tem 27 anos, não tinha carteira de habilitação e já havia sido preso e condenado por roubo e porte ilegal de arma de fogo. Cumpria pena em liberdade e, por conta do acidente, foi provado que ele descumpriu uma medida cautelar, expedida pela Justiça, a qual o impede de permanecer na rua após às 22h.
O homem era procurado pela polícia até a publicação desta reportagem.
Segundo o pai do garoto relatou à polícia, ele organizou uma festa surpresa, por conta do aniversário de uma amiga de sua mulher. Ele usou a própria borracharia para realizar um churrasco, onde estavam seis adultos, além de Kaíque, seu irmão mais velho, de 7 anos, e uma garotinha de 3 anos.
O borracheiro acrescentou que, em frente ao estabelecimento, havia um carro estacionado. Mas nem isso impediu que o Gol prata do suspeito invadisse repentinamente a festa dentro da borracharia, passasse sobre o pé da mulher de 25 anos, atropelasse a menina de 3 anos e terminasse prensando Kaíque contra uma das paredes do estabelecimento.
"O pai de Kaíque se desesperou e tentou tirar o carro de cima do filho, sendo certo que naquele instante percebeu que o motorista daquele veículo aparentava 'estar muito louco', possivelmente sob efeito de drogas", diz trecho do boletim de ocorrência.
Após os atropelamentos, o motorista deu marcha a ré e, ainda segundo testemunhas, fugiu em alta velocidade, sem prestar socorro às vítimas.
Bombeiros chegaram ao local instantes depois e constataram a morte de Kaíque no local. A causa da morte não havia sido divulgada até a publicação desta reportagem.
O caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção) e lesão corporal culposa no 98º DP (Jardim Miriam), mas será investigado pelo 80º DP (Vila Joaniza).
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.