Descrição de chapéu Vigilante Agora

Lixo, mau cheiro e depredação tomam conta do centro de SP

Lixeiras cheias, calçadas destruídas e pessoas em situação de rua são comuns na região central

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São Paulo

A capital completou 466 anos no último dia 25 de janeiro e o berço da cidade está abandonado. O Vigilante Agora visitou, na última segunda-feira (27), o centro velho e também o centro novo e encontrou sujeira, depredação, comércio ambulante irregular e pessoas vivendo em situação de rua ou usando drogas. 

Marco zero, a praça da Sé é um bom resumo dos problemas da região central. O mau cheiro é notado em todos os cantos do local, onde as pessoas vivem em meio à sujeira e à degradação do espaço público. O espelho d'água estava imundo durante a visita e era usado como lugar para banho.

No Pateo do Collegio, onde a capital foi fundada, uma equipe fazia a limpeza diária durante a passagem do Vigilante. Os funcionários afirmaram que, por mais que se limpe, sempre há sujeira acumulada pela manhã. O local é um dos grandes pontos de concentração de pessoas em situação de rua na capital.

Nos calçadões do centro velho, há muitos buracos. Nem mesmo as placas com informações turísticas foram poupadas. Como exemplos, há aquelas em frente ao número 175 da rua 15 de novembro e também perto da estátua de José Bonifácio, na praça do Patriarca.No centro novo, a rua Sete de Abril também tem marcas de má-conservação, como os parklets vandalizados, lixeiras destruídas e muita sujeira acumulada.

A rua 25 de Março e o entorno do Mercado Municipal também estão sujos.

Resposta

A Prefeitura de São Paulo diz que faz a limpeza das praças e das ruas da região central com grande periodicidade. No Pateo do Collegio, por exemplo, a zeladoria é diária, de segunda-feira a domingo, com lavagem do calçamento com caminhão pipa, segundo diz. 

A administração municipal afirma que faz o combate ao comércio ambulante irregular e que a Subprefeitura Sé realizou mais de 110 mil apreensões em toda a região central no ano passado. A gestão Bruno Covas (PSDB) afirma que faz a manutenção das calçadas em diversas vias e que, entre 19 e 25 de janeiro, o trabalho foi realizado manualmente por mais de 100 profissionais da administração regional, divididos em 11 equipes. 

A prefeitura diz que realiza milhares de abordagens de pessoas que vivem nas ruas da região central ou que são usuárias de drogas. No Pateo do Collegio, diz ter feito 1.302 abordagens, com 1.178 encaminhamentos. Sobre placas depredadas, afirma que há projeto de revitalização e que locais onde há adesivos passarão por limpeza. 

O que o Vigilante encontrou

Praça da Liberdade

  •  Pessoas em situação de rua e usuários de drogas na saída do metrô
  •  Lixeiras cheias
  •  Sujeira pelos cantos
  •  Piso encardido pelo óleo das barracas de alimentos
  •  Semáforos de pedestres repletos de stickers (adesivos)
  •  Mau-cheiro
  •  Orelhões depredados

Praça João Mendes

  • Mau-cheiro
  • Pessoas em situação de rua
  • Largo São Bento
  •  Pessoas em situação de rua em barracas
  • Vendedores ambulantes
  • Placas de trânsito depredadas
  • Lixo acumulado
  • Buracos no calçamento
     

Pateo do Collegio

  • Placas turísticas depredadas
  • Equipe fazia a limpeza diária
  • Gradis ao redor do prédio
  • Pessoas em situação de rua
  • Asfalto abaulado perto do ponto de ônibus

Praça da República

  • Espelho d’ água sujo
  • Pessoas em situação de rua
  • Usuários de drogas

Praça da Sé

  • Pessoas em situação de rua
  • Comércio ambulante
  • Mau-cheiro
  • Ervas daninhas entre gretas do calçamento
  • Mato alto nos canteiros
  • Espelho d’água sujo 

25 de Março

  • Tampas de poços de inspeção afundados
  • Comércio ambulante irregular
  • Quase impossível caminhar nas calçadas por causa dos produtos ilegais
  • Lixeiras vandalizadas
  • Sujeira
  • Calçada destruída no cruzamento com a Carlos de Souza Nazaré

Rua da Cantareira/Mercadão

  •  Comércio ambulante irregular
  •  Lixeiras sem saco
  •  Mau-cheiro
  •  Calçadas com buraco na Senador Queiroz

Viaduto Santa Ifigênia

  • Ambulantes irregulares
  • Pavimento com pastilhas soltas ou ausentes

Calçadões do centro velho

  • Calçamento irregular, com pedras soltas, buracos e remendos
  • Fonte seca e quebrada na avenida São João com rua São Bento
  • Placas turísticas depredadas
  • Ambulantes irregulares
  • Pessoas em situação de rua

Calçadões do centro novo

  • Pavimento irregular
  • Piso tátil deteriorado e pallets depredados na Sete de Abril
  • Lixeiras lotadas e depredadas
  • Orelhões vandalizados
  • Tampas afundadas no asfalto da rua 24 de Maio
  • Bueiros quebrados
  • Pessoas em situação de rua
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