Amiga ajuda supervisora de operações a se livrar do novo coronavírus

Mesmo após recuperação, Anaya Juliana segue com sintomas

São Paulo

Quando uma pessoa é contaminada pelo novo coronavírus e mora com a família, a maior dificuldade é se manter isolada em casa para evitar o contágio dos demais. Mas o que fazer quando não tem parentes por perto? Anaya Juliana de Sousa Castro, 36 anos, descobriu a força da amizade nesse momento.

Supervisora de operações de um hipermercado da cidade de Cotia (SP), a moradora do distrito de Caucaia do Alto diz ter sofrido muito desde que descobriu estar contaminada com o novo coronavírus, em 25 de abril, um sábado. Por sorte, ela teve a ajuda da amiga Barbara Nunes Barreto, a Babi, que é auxiliar de enfermagem.

A supervisora de operações Anaya Juliana de Sousa Castro se recuperou da Covid-19 em Caucaia do Alto (Cotia-SP)
A supervisora de operações Anaya Juliana de Sousa Castro se recuperou da Covid-19 em Caucaia do Alto (Cotia-SP) - Arquivo Pessoal

Juliana lembra que os primeiros sintomas que sentiu foram muitas dores no peito, na cabeça e nas costas, na altura dos rins, além de um grande cansaço, tontura e tosse seca.

Ela procurou atendimento no Centro de Atendimento da Covid-19 de Cotia, onde foi constatada a contaminação. Não chegou a fazer o teste da doença, mas a médica que a atendeu disse que o diagnóstico era mesmo do novo coronavírus e só não a deixou internada porque não estava com febre.

Nos dias seguintes, os sintomas só pioraram e ela voltou ao hospital, onde recebeu a receita de antibióticos e dipirona. “Só conseguia ficar prostrada na cama”, lembra-se. Foi melhorando aos poucos e, em um domingo, diz ter ficado mais animada. Mas por pouco tempo.

“Acordei bem e decidi limpar a casa, mas em pouco tempo fiquei muito mal. Até liguei para minha amiga Babi e falei que ia morrer. Os sintomas começam a piorar porque vem a ansiedade junto. E o medo de morrer começa a potencializar os sintomas”, conta Juliana, que foi levada para a casa da amiga, que passou a cuidar dela.

Mesmo depois de ter se recuperado e voltado a trabalhar, ela segue sob os cuidados da amiga, a quem credita a sua cura. Principalmente, porque ainda sente os efeitos da doença.

“Fui pela terceira vez ao hospital porque ainda sinto muita tontura e a médica disse que os sintomas podem demorar de 45 a 60 dias para passar. Eu estou agitada, mas limitada pelo cansaço. Parece que sou uma pessoa cardíaca. Lavo a louça e preciso me sentar”, conta.

Assuntos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.