Lojas e shoppings centers vão propor abertura das lojas apenas em meio período durante a retomada parcial das atividades na cidade de São Paulo, após a liberação da abertura de alguns setores na atual pandemia do novo coronavírus.
A medida é uma das propostas que serão enviadas à Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), para a reabertura do comércio na capital paulista.
O plano deve ser entregue na segunda-feira (1º) e precisar ser aprovado pela administração municipal.
"Alguns setores poderão funcionar por quatro horas na parte da manhã, outros por quatro horas no período da tarde", afirma Alfredo Cotait, presidente da Associação Comercial de São Paulo.
"Como bares e restaurantes não estarão funcionando, não tem como garantir o almoço dos trabalhadores também. Além disso, estamos em uma etapa de transição do isolamento para o distanciamento", diz.
A reabertura gradual do comércio foi definida pelo governo do estado na última quarta-feira (27).
A cidade de São Paulo foi incluída na zona laranja da quarentena pela gestão João Doria (PSDB). Com isso, poderão poderão abrir, entre outros, lojas de rua, shoppings centers escritórios, concessionárias e atividades imobiliárias.
Bares, restaurantes, salões de beleza e academias de ginástica continuam sem permissão para abrir.
As atividades econômicas, segundo afirma Covas, só serão liberadas depois de análise de normas da Vigilância Sanitária.
A prefeitura vai publicar decreto até domingo (31), regulamentando os pré-requisitos para a reabertura.
Municípios da Grande SP, ao contrário, continuam com as restrições atuais de quarentena, ao menos até o dia 15 de junho.
"Reabrir é um processo delicado. É muito difícil avaliar no momento, mas eu estimo que 20% a 30% dos nossos filiados, os pequenos varejistas, fecharam na capital", diz Cotait.
Segundo ele, a estimativa é que o processo de avaliação leve cinco dias, o que permitirá que o comércio abra as portas na capital no fim de semana anterior ao Dia dos Namorados (celebrado em 12 de junho).
A Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) afirma que os estabelecimentos estão preparados para voltar a funcionar.
"A Abrasce criou um protocolo de recomendações junto à área de consultoria do [hospital] Sírio-Libanês. São mais de 20 medidas que visam, dentre outras iniciativas, o reforço na higienização e de proteção para todos os visitantes dos empreendimentos", afirma a associação em nota.
Entre as medidas, que também serão avaliadas ainda pela administração municipal antes de entrar em vigor, está a recomendação para controle do acesso de clientes.
A ideia é evitar formação de filas, fazer demarcações e sinalizações no piso, reduzir áreas do estacionamento, ajustar entradas e saídas para melhor coordenar o fluxo.
Disponibilização de álcool em gel para o público, uso de máscaras obrigatório para clientes e funcionários e reforço na higienização são outras medidas que estarão contidas na proposta enviada pelos shoppings à Prefeitura de São Paulo.
Segundo a gestão Covas, até esta quinta-feira, a capital paulista somava 3.719 mortes por Covid-19 e mais de 56 mil casos da doença. Ao todo, 83% dos leitos de UTI da rede municipal estavam ocupados.
Comércio na capital - propostas para reabrir
Para evitar aglomerações
- Não promover eventos de reabertura ou que incentivem a presença de muitas pessoas
- Controlar acesso de clientes e de distanciamento entre as pessoas
- E evitar formação de filas e, se necessário, fazer demarcações e sinalizações no piso
- Reduzir áreas do estacionamento
- Evitar a operação de valet
- Ajustar entradas e saídas para melhor coordenar o fluxo
- Funcionamento em horário reduzido
Ações de higiene e saúde
- Funcionários, consumidores e frequentadores deverão usar máscaras
- Funcionários que estejam no grupo de risco deverão permanecer com trabalho em casa
- Aferição de temperatura com termômetros sem contato de funcionários e clientes
- Quem estiver com temperatura acima de 37,2° ou mostrar sintomas de gripe/resfriado será orientado a buscar ajuda médica
- Disponibilizar álcool gel para uso dos clientes
- Orientação aos consumidores sobre usar álcool gel e a lavagem das mãos com água e sabão
- Aumentar a frequência de desinfecção e limpeza
- Criar canal de comunicação com orientações de saúde
- Evitar decorações que possam dificultar a higienização
- Fazer as trocas de filtro de ar
Atenção
Cinemas, bares, restaurantes e atividades de entretenimento seguem fechadas
Fontes: Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) e Associação Comercial de São Paulo
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