Em março, na chegada do novo coronavírus ao Brasil, havia muita gente que não sabia da força da pandemia. Os cuidados da quarentena imposta pelo governador João Doria (PSDB) em São Paulo só passaram a valer no dia 24. Mas, antes mesmo dessa data, a família Borlenghi já tinha três infectados: os irmãos Thiago Guimarães, 22 anos, Anna Carolina, 23, e Lucas, 25.
Como conta com a vitalidade da juventude e não possui comorbidades, o trio foi pego pela Covid-19, mas conseguiu se livrar da doença sem muitos problemas, tratando apenas em casa. A origem do contágio, porém, ainda é uma incógnita para eles, como conta Thiago.
“Eu peguei da minha irmã e não sei como ela pegou, porque já estávamos em quarentena em casa. Como foi no começo da pandemia e minha irmã sempre vai para a casa da minha tia, pode ser que neste meio ela tenha pego em algum lugar.”
Anna Carolina foi a que mais sofreu com os sintomas, chegando a ficar de cama, com febre, antes de melhorar. “O pior momento que eu tive foram nos três primeiros dias. Eu senti muita dor no corpo, principalmente nas costas, e tive febre por dois dias. Um mal-estar geral. Quando os piores sintomas passaram, eu fiquei ao todo uma semana sem olfato e paladar”, lembra a irmã.
Já Thiago e Lucas tiveram sintomas mais leves. “Em mim um dia começou com uma dor de cabeça muito forte. Eu achava que não era nada, mas no dia seguinte já não conseguia sentir o gosto nem o cheiro das coisas. Isso foi piorando, piorando e durante 15 dias eu fiquei totalmente sem paladar e olfato, mas só foi isso que eu e meu irmão sentimos”, explica Thiago.
Para confirmar a doença, os três fizeram o teste em um laboratório particular e todos deram resultado positivo, com produção de anticorpos.
“Na época o pessoal falava de problemas de respiração, mas para mim estava normal. Óbvio que quando eu respirava eu sentia um ar quente na garganta e no fundo do nariz, mas nada que atrapalhasse. Então, eu não reclamava muito disso”, completa Thiago.
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