Idas e vindas até Cumbica
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O aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, fica a cerca de 30 km do centro de São Paulo. Na contramão dos principais aeroportos do mundo, interligados ao transporte sobre trilhos, a maioria dos passageiros chega ou parte dele de carro, táxi, aplicativo ou ônibus.
Em 2018, após anos de atraso e evidente falta de planejamento, o maior e mais movimentado aeroporto do país ganhou uma linha de trem da CPTM.
Mas o que causou estranheza --para dizer o mínimo-- é que a estação final fica a até 2,6 km dos terminais e obriga o passageiro, com malas na mão, a atravessar uma passarela e pegar um ônibus até o embarque.
O resultado é que, até agora, o trem é pouco utilizado, mesmo com a criação de uma linha expressa.
Pelo projeto original, a estação, naturalmente, ficaria próxima ao check-in. Mas foi revisto após decisão da concessionária do aeroporto, que pretendia construir um shopping no local.
A lambança, classificada como "bizarra" pelo atual governador, João Doria (PSDB), parece caminhar para uma definição. O governo do estado anunciou que, finalmente, entregará um monotrilho que levará aos terminais. Se não atrasar de novo, ficará pronto em 2021.
Ao custo de R$ 175 milhões, a obra será bancada pela concessionária GRU Airport. Em troca, a empresa pagará menos grana ao governo federal --o que provocará queda na arrecadação.
Quem chega por trem vai se livrar do ônibus, mas ainda terá que atravessar a passarela para embarcar no monotrilho.
Após tamanha gastança, a solução parece ser a menos ruim. O que continua difícil de engolir são os motivos que impediram uma linha de trem de chegar ao seu óbvio ponto final.