Mais aula em São Paulo
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A gestão João Doria (PSDB) anunciou que vai reduzir as férias escolares de julho, bem como aumentar em 15 minutos diários a jornada da rede estadual paulista. Os objetivos são encurtar o tempo de parada nos estudos e introduzir novas disciplinas nos currículos.
É claro que isso não vai ser a salvação da lavoura. Mas de qualquer forma é bom ver que a Secretaria da Educação vai se mexendo nessa área.
No papel, as duas alterações fazem sentido. Férias, embora possam ser a atividade escolar da qual os alunos mais gostam, significam uma quebra longa no ritmo do aprendizado. Isso muitas vezes prejudica os estudantes, principalmente os de famílias mais pobres.
Ao diminuir o tamanho da pausa de julho, a secretaria combate esse problema. Em compensação, haverá dois recessos de uma semana, em abril e outubro.
Já a ampliação da jornada, que será acompanhada da redução da aula padrão de 50 minutos para 45 minutos, vai abrir espaço para a introdução de temas fora do currículo normal, como educação financeira e comunicação não violenta.
Não é o caso de encarar a menor duração de cada aula como prejuízo. Já está passando da hora de enfrentar o problema do enorme desperdício de tempo nas escolas brasileiras.
Estudos apontam que o professor gasta mais da metade de seu período em sala com atividades que não têm a ver com o aprendizado, como fazer chamada, pedir silêncio ou mover carteiras.
As mudanças parecem pequenas, mas não deixam de ser importantes. O sistema de ensino não vai melhorar com soluções milagrosas, mas sim com várias pequenas providências bem pensadas e aplicadas com persistência.